sexta-feira, 20 de julho de 2007

Freguês tem sempre razão

Considerações iniciais

Todo time tem sua "asa negra", a seleção nacional não se dá bem contra México, França, Noruega; a seleção da Argentina não tem bons resultados contra a do Brasil e, o Flamengo, que recentemente até acumulou bons resultados frente o Paraná Clube, voltou a perder para o time de Curitiba, dando sequência a uma sina de longa data.

Em campeonatos nacionais é flagrante a vantagem paranista frente os rubro-negros cariocas, nesta quinta-feira, no Parque do Sabiá em Uberlândia, os tricolores paranaenses impuseram nova derrota ao Flamengo.

O placar de 2 a 1 em favor dos visitantes teve alguns reflexos... Josiel com os dois gols marcados segue na artilharia com 12 gols em 12 jogos, o Paraná Clube subiu oito posições passando de 13º colocado a 5º e o Flamengo, embora com dois jogos a menos, segue na zona de rebaixamento, posição com a qual flerta há seguidos e recorrentes anos, para desespero de sua apaixonada torcida.

Os bastidores

No Paraná Clube, Pintado se despedia do comando técnico para tentar a vida no mundo árabe, jurando amores ao clube que o "projetou". Tal posicionamento soou como hipocrisia, afinal, Pintado tinha, até o início do embate, o pífio aproveitamento de 33% dos pontos disputados; tinha pego o tricolor com 100% e amargava a 13ª posição. A vitória ao menos fez com que o time de Curitiba saltasse para a 5ª posição.

Outro que chegou falando inverdades foi o seu substituto. Gilson Kleina, detentor do nada honroso título de "técnico com pior aproveitamento de pontos da história do Paraná Clube", foi inexplicavelmente reintegrado ao comando tricolor mesmo após de ter passagens nada memoráveis por Paysandú (onde foi rebaixado com 28% de aproveitamento de pontos disputados) e Criciúma (com 33% de aproveitamento).
Kleina disse que fora chamado pelo bom trabalho feito na passagem anterior e faltou com a verdade quando disse que o elenco paranista à época não era adequado.
O elenco paranista em 2004 tinha, entre outros, Flávio, Edinho, Beto, Marcel, Christian, Canindé e Renaldo, logo, não procede a falácia de Kleina que além de não assumir seu parco desempenho, jogou covardemente a responsabilidade em gente que inclusive passará a dirigir a partir de hoje, como Flávio e Beto.

Do lado do Flamengo, Obina retornava de lesão e era tido como grande esperança e Ney Franco seguia destemperando a torcida e provocando discórdia dentro do mesmo elenco, no entanto, calava como bom mineirinho, não chamando a atenção para seus atos.


O jogo

Nos primeiros quinze minutos os times se estudavam tendo tido ambos duas chances razoáveis de abrir o placar. O Flamengo parecia ter mais ímpeto, no entanto, a falta de qualidade do elenco carioca era latente e, mesmo com menor posse o bola o Paraná Clube era mais objetivo, abusando dos contra-ataques; dessa forma, aos 21` da etapa inicial, após belíssimo lançamento de Alex, Josiel dominou a bola pela ponta direita, driblou um defensor e, de esquerda, quase sem ângulo, finalizou impecavelmente no canto inferior direito do bom goleiro Bruno.
Aberto o placar, o Flamengo sentiu o "baque", tanto que, dois minutos depois, após lançamento da esquerda, Josiel mata e passa a bola de peito dentro da área para Vina Pacheco que, divide com o zagueiro, sobrando a redonda para Josiel que, num voleio, amplia para o visitante.
Em seguida o Paraná perdeu duas claras oportunidades de gol, nos pés de Vandinho, livre na área e de Josiel.
O Flamengo, que pouco criava, passou a avançar na "raça" e, numa desatenção do setor direito defensivo paranista, fez boa triangulação que culminou com lançamento priundo da esquerda para a finalização de Leonardo, ex-paranista.
Após, o Flamengo tentou a igualdade mas esbarrava ora na defesa paranista; nas boas coberturas de Goiano, nas belas e providenciais defesas de Flávio e na falta de qualidade de Souza e dos seus armadores.
Veio o segundo tempo e o futebol foi embora. O Flamengo promoveu a entrada de Obina que nada fez a não ser passar vergonha e Pintado sacou seus atacantes, acabando o jogo sem ninguém à frente, covardemente, como de costume.
Dessa forma o jogo que teve um bom primeiro tempo virou uma "pelada" até que Gaciba livrasse todos daquele martírio apitando o encerramento da partida.

Do lado rubro-negro as coisas estão feias, o Flamengo segue na zona de rebaixamento, e pior, sem expectativa de logo dela sair.
Do lado paranista, Flávio, Nem, Luís Henrique, Goiano e Josiel fizeram uma excelente apresentação.
Quanto aos bastidores, Pintado vai, tardiamente embora... que tenha sucesso e que aprenda a fazer com que seus times joguem futebol, sem covardia, e que, até lá, não volte, como prometeu, para irritar a torcida paranista.
Quanto ao Kleina, que entenda e tenha a humildade em admitir que nunca fez um trabalho convincente. Esse senhor coxa-branca, detentor do pior aproveitamento da história paranista tem que fazer mais do que JAMAIS fez na carreira, e que, a 10ª posição do Ipatinga na série B não sirva como parâmetro. Não inventando e mantendo a base dos primeiros jogos do Brasileirão, já faz o suficiente para permitir que o Paraná logre ter uma boa campanha em 2007.

A freguesia segue...


FLAMENGO: Bruno; Leonardo Moura, Rodrigo Arroz, Thiago e Juan; Jaílton (Paulo Sérgio), Paulinho (Luizinho), Léo Medeiros e Renato Augusto; Leonardo (Obina) e Souza. Técnico: Ney Franco.
PARANÁ: Flávio; Neguette, Nem e Luiz Henrique; Alex, Goiano, Beto, Vandinho (Éverton) e Márcio Careca; Josiel (Serginho) e Vinícius Pacheco (Joelson) Técnico: Pintado.
Local: Estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG)
Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa-RS).
Assistentes: Altemir Hausmann e Paulo Conceição (RS).
Cartões amarelos: Vinícius Pacheco (P), Goiano (P), Rodrigo Arroz (F), Juan (F), Souza (F) e Flávio (P).
Gols: Josiel, aos 27min e aos 29min e Léo Medeiros, aos 35min do primeiro tempo.