América 3 x 2 Paraná Clube
Em vergonhosa atuação paranista o time de Curitiba conseguiu fazer a proeza de perder, por duas vezes no mesmo campeonato, para o já rebaixado América de Natal.
Impressionantemente o time comandado por Lori Sandri não conseguiu repetir a belíssima atuação contra o Fluminense e, apático, acéfalo e irreconhecível, o tricolor paranaense presenteou a todos com sua pior atuação no certame; agravado pelo fato do mandante nada ter jogado sendo um time totalmente limitado e previsível.
Ontem, comentando a partida ao vivo, nas minhas primeiras considerações disse que lamentava o fato de não ter levado para a transmissão o colírio, vez que meus olhos ardiam ao testemunhar tão fraco futebol.
Com uma lentidão que dava sono aos espectadores, Paraná e América entraram em campo para jogar algo que não fosse futebol. Em atuação que remetia ao confronto de finais de semana entre casados e solteiros, o Paraná Clube não conseguia colocar coerente e objetivamente a "bola no chão", ficando refém das investidas de Vandinho e principalmente, de Josiel, artilheiro da competição.
A partida truncada no início passou a ser surpreendentemente dominada pelos mandantes. O mau posicionamento da zaga paranista, as pífias atuações individuais dos atletas paranistas, que, conjuntamente "aceitaram" o jogo do adversário, propiciaram ao mesmo que perdesse três oportunidades de gol até que aos 29´ da etapa inicial, Souza cobra falta no meio do gol, bola rebatida à frente por Flávio (voltando de suspensão mas já tendo praticado boas defesas até então) , que Carlos Eduardo aproveitou para abrir o placar.
Já aos 33´ os gandulas tinham desaparecido do campo, fato que irritou os atletas da equipe visitante. Aos 40´ após cruzamento vindo do setor esquerdo, Reinaldo cabeceou forte, Flávio (aparentemente tenso pela primaira falha) faz a defesa mas caiu com a bola para dentro do gol, fato não percebido pela assistente mineira Ângela (uma vez que o corpo de Flávio caído lhe prejudicava a visão do lance), que nada anotou, dando sequência à partida.
Após, aos 44´, num dos raríssimos ataques paranistas, após bela jogada de Josiel (o único lúcido em campo), Vandinho rolou a esférica para trás, dentro da área americana e, tendo Jeff "furado", o mesmo Josiel, oportunista, completou para as redes adversárias, fazendo seu 18º gol no certame, deixando com isso, o placar em igualdade.
Apesar do empate o América detinha certo domínio face à inércia paranista. A equipe de Curitiba voltou do vestiário, sem o "sono" demonstrado na primeira etapa. Então, ciente de sua melhor qualidade, o tricolor passou a dominar os atos e, aos 6´ da segunda etapa, Adriano, sumido até então, ajeitou a bola nas proximidades da linha intermediária e, sem medo, chutou forte no ângulo direito para liderar o placar.
Aí, com sempre, o eterno retranqueiro Lori Sandri, sacou a Jeff, tirando com isso a referência tricolor adiante. Mesmo que o "11" paranista não estivesse em noite boa, ele "segurava" sempre dois defensores e permitia que Josiel tivesse certo espaço. Com a indevida substituição de Jeff por Lima (bom jogador mas que atua em diagonal e pelas pontas), o Paraná permitiu que a frágil defesa vermelha passasse a ter supremacia sobre os avantes. Naquele momento, a substituição mais coerente seria a entrada de Vina Pacheco, pelo meio, no lugar de Nem (já com amarelo), ou de Muçamba, um "zumbi" em campo, passando então Ângelo a atuar como primeiro volante (como no jogo contra o Fluminense) e Batista (em noite horrível), a atuar como segundo. Mas na cabeça de Sandri as coisas são sempre mais "complicadas", difíceis de serem vistas.
Aí, buscando garantir o resultado e jogando contra uma arbitragem ansiosa para "compensar" a falha do gol anulado no primeiro tempo, o tricolor recuou, parou com a "melhora" no padrão de jogo e pagou o preço por tal ato; aos 19´ Flávio falha novamente cedendo novo rebote após chute de longa distância, e Wesley Brasília, empatou a partida.
A partir desse ponto o Paraná morreu em campo. Adriano Bahia (outro em péssima noite) foi golpeado, tendo que sair de campo, foi substituído por um "verde" Éverton que foi ao meio, caindo Batista (que em 2006, com Caio Jr., ocupou por algumas vezes esse setor, mas de forma nada agradável), o que demonstra a falta de conhecimento do elenco e de capacidade para escolher os atletas do banco.
Mal como os atletas, Lori faz a inexplicável alteração de Nem por João Paulo (que para muitos deveria ser o encarregado de fazer a "proteção à zaga"), trocando um defensor por outro. Aí então, veio o castigo. Aos 34´ Washington invadiu a área e, Paulo César de Oliveira, árbitro com atuações rotineiras similares às dos atletas da partida, conseguiu "ver" toque por baixo de Batista (a dois passos do avante) e marcou a penalidade, no claro intuito de compensar o gol mal anulado, demonstrando que, como árbitro, vale a regra de que dois erros justificam um acerto. Wesley Brasília cobrou no canto esquerdo dando números finais à partida.
Após a "virada-sobre-virada", Muçamba sentiu lesão, deixou o campo e retornou apenas para fazer número. Assim, em tom fúnebre para os paranistas, acabou a partida, que teve como ponto alto as belas coxas da assistente mineira.
O time tricolor segue após o resultado com 34 pontos, na zona de rebaixamento, em 17° lugar, tendo sido essa a quarta vitória do América (RN) no certame, a terceira do clube sobre equipes paranaenses (suas sobre o Paraná e uma sobre o Atlético).
O tricolor que outrora detinha a melhor campanha como visitante, não vence fora há oito partidas e, embora tenha marcado gol no oponente (coisa que todos os outros 18 times da série A já tinham feito), disperdiçou 6 pontos cruciais para suas pretensões, afinal, com os mesmos, o Paraná teria, hoje, 40 pontos ao invés dos 34 que detém.
Não é hora para choradeiras nem para desespero. Embora algumas entrevistas desoladoras tenham sido colhidas no vestiário tricolor após a partida, algumas delas com jogadores que teriam "entregado os pontos" precocemente, e alguns integrantes da "mídia marrom" tenham buscado impor aos ouvintes que a cabeça de Sandri estaria sendo pedida, deturpando depoimentos de dirigentes, nada está perdido para os paranistas, afinal, 27 pontos ainda estão em disputa no entando coisas precisam ser revistas e modificadas.
Flávio, ídolo, não está em boa fase e deve ser afastado até para preservá-lo junto à torcida. Nem e Daniel Marques alternam boas com más atuações. Luís Henrique é o único que se salva da defesa, juntamente com João Paulo que voltou a bem atuar, podendo até ocupar a vaga de primeiro volante face sua qualidade de passes. Muçamba não pode ser titular de time da primeira divisão. Adriano, embora demonstre vontade e tenha dado entrevistas animadoras, precisa se comprometer dentro de campo e não apenas com os microfones nos discursos, tem que fazer o que prega. Batista tem que ser preservado, afinal, foi sua primeira atuação questionável na temporada. Éverton precisa amadurecer. Adriano Bahia não convenceu ainda. Vandinho precisa aprender a marcar e a cobrir volantes. Jeff precisa entender que, para bem atuar, deve ficar dentro da área. Vina Pacheco não pode sair do time e Sandri precisa deixar de ser covarde e buscar a vitória até o final, otimizando racional e inteligentemente as alterações.
Sem a postura adequada o futuro tricolor para o ano de 2008 é sombrio, devendo as coisas no Paraná Clube mudar e não simplesmente ficar como estão.
As duas equipes voltam a campo domingo pela 30ª rodada do Brasileirão. Às 16h, o América (RN) enfrentará o Internacional em Porto Alegre e o Paraná Clube lutará pela vida em partida contra o Figueirense, às 18h10, na casa do adversário.
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FICHA DO JOGO:
AMÉRICA (RN): Sérvulo, Carlos Eduardo, Robson e Rogélio; Ney Santos (Chiquinho), Tony (Washington), Reinaldo, Souza e Berg; Wesley Brasília (Lano) e Leandro Sena. Técnico: Paulo Moroni.
PARANÁ CLUBE: Flávio, Luiz Henrique, Nem (João Paulo) e Daniel Marques; Vandinho, Batista, Rafael Muçamba, Adriano Bahia (Everton) e Adriano; Jefferson (Lima) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.
Local: estádio Machadão, em Natal (RN).
Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Irani Pinto da Paz (PE) e Ângela Paula Regis Ribeiro (MG).
Cartões amarelos: Nem (PR) e Adriano (PR).
Gols: Carlos Eduardo, aos 29min, Josiel, aos 44min do primeiro tempo; Adriano, aos 6min, Wesley Brasília, aos 19min e aos 34min do segundo tempo.
Impressionantemente o time comandado por Lori Sandri não conseguiu repetir a belíssima atuação contra o Fluminense e, apático, acéfalo e irreconhecível, o tricolor paranaense presenteou a todos com sua pior atuação no certame; agravado pelo fato do mandante nada ter jogado sendo um time totalmente limitado e previsível.
Ontem, comentando a partida ao vivo, nas minhas primeiras considerações disse que lamentava o fato de não ter levado para a transmissão o colírio, vez que meus olhos ardiam ao testemunhar tão fraco futebol.
Com uma lentidão que dava sono aos espectadores, Paraná e América entraram em campo para jogar algo que não fosse futebol. Em atuação que remetia ao confronto de finais de semana entre casados e solteiros, o Paraná Clube não conseguia colocar coerente e objetivamente a "bola no chão", ficando refém das investidas de Vandinho e principalmente, de Josiel, artilheiro da competição.
A partida truncada no início passou a ser surpreendentemente dominada pelos mandantes. O mau posicionamento da zaga paranista, as pífias atuações individuais dos atletas paranistas, que, conjuntamente "aceitaram" o jogo do adversário, propiciaram ao mesmo que perdesse três oportunidades de gol até que aos 29´ da etapa inicial, Souza cobra falta no meio do gol, bola rebatida à frente por Flávio (voltando de suspensão mas já tendo praticado boas defesas até então) , que Carlos Eduardo aproveitou para abrir o placar.
Já aos 33´ os gandulas tinham desaparecido do campo, fato que irritou os atletas da equipe visitante. Aos 40´ após cruzamento vindo do setor esquerdo, Reinaldo cabeceou forte, Flávio (aparentemente tenso pela primaira falha) faz a defesa mas caiu com a bola para dentro do gol, fato não percebido pela assistente mineira Ângela (uma vez que o corpo de Flávio caído lhe prejudicava a visão do lance), que nada anotou, dando sequência à partida.
Após, aos 44´, num dos raríssimos ataques paranistas, após bela jogada de Josiel (o único lúcido em campo), Vandinho rolou a esférica para trás, dentro da área americana e, tendo Jeff "furado", o mesmo Josiel, oportunista, completou para as redes adversárias, fazendo seu 18º gol no certame, deixando com isso, o placar em igualdade.
Apesar do empate o América detinha certo domínio face à inércia paranista. A equipe de Curitiba voltou do vestiário, sem o "sono" demonstrado na primeira etapa. Então, ciente de sua melhor qualidade, o tricolor passou a dominar os atos e, aos 6´ da segunda etapa, Adriano, sumido até então, ajeitou a bola nas proximidades da linha intermediária e, sem medo, chutou forte no ângulo direito para liderar o placar.
Aí, com sempre, o eterno retranqueiro Lori Sandri, sacou a Jeff, tirando com isso a referência tricolor adiante. Mesmo que o "11" paranista não estivesse em noite boa, ele "segurava" sempre dois defensores e permitia que Josiel tivesse certo espaço. Com a indevida substituição de Jeff por Lima (bom jogador mas que atua em diagonal e pelas pontas), o Paraná permitiu que a frágil defesa vermelha passasse a ter supremacia sobre os avantes. Naquele momento, a substituição mais coerente seria a entrada de Vina Pacheco, pelo meio, no lugar de Nem (já com amarelo), ou de Muçamba, um "zumbi" em campo, passando então Ângelo a atuar como primeiro volante (como no jogo contra o Fluminense) e Batista (em noite horrível), a atuar como segundo. Mas na cabeça de Sandri as coisas são sempre mais "complicadas", difíceis de serem vistas.
Aí, buscando garantir o resultado e jogando contra uma arbitragem ansiosa para "compensar" a falha do gol anulado no primeiro tempo, o tricolor recuou, parou com a "melhora" no padrão de jogo e pagou o preço por tal ato; aos 19´ Flávio falha novamente cedendo novo rebote após chute de longa distância, e Wesley Brasília, empatou a partida.
A partir desse ponto o Paraná morreu em campo. Adriano Bahia (outro em péssima noite) foi golpeado, tendo que sair de campo, foi substituído por um "verde" Éverton que foi ao meio, caindo Batista (que em 2006, com Caio Jr., ocupou por algumas vezes esse setor, mas de forma nada agradável), o que demonstra a falta de conhecimento do elenco e de capacidade para escolher os atletas do banco.
Mal como os atletas, Lori faz a inexplicável alteração de Nem por João Paulo (que para muitos deveria ser o encarregado de fazer a "proteção à zaga"), trocando um defensor por outro. Aí então, veio o castigo. Aos 34´ Washington invadiu a área e, Paulo César de Oliveira, árbitro com atuações rotineiras similares às dos atletas da partida, conseguiu "ver" toque por baixo de Batista (a dois passos do avante) e marcou a penalidade, no claro intuito de compensar o gol mal anulado, demonstrando que, como árbitro, vale a regra de que dois erros justificam um acerto. Wesley Brasília cobrou no canto esquerdo dando números finais à partida.
Após a "virada-sobre-virada", Muçamba sentiu lesão, deixou o campo e retornou apenas para fazer número. Assim, em tom fúnebre para os paranistas, acabou a partida, que teve como ponto alto as belas coxas da assistente mineira.
O time tricolor segue após o resultado com 34 pontos, na zona de rebaixamento, em 17° lugar, tendo sido essa a quarta vitória do América (RN) no certame, a terceira do clube sobre equipes paranaenses (suas sobre o Paraná e uma sobre o Atlético).
O tricolor que outrora detinha a melhor campanha como visitante, não vence fora há oito partidas e, embora tenha marcado gol no oponente (coisa que todos os outros 18 times da série A já tinham feito), disperdiçou 6 pontos cruciais para suas pretensões, afinal, com os mesmos, o Paraná teria, hoje, 40 pontos ao invés dos 34 que detém.
Não é hora para choradeiras nem para desespero. Embora algumas entrevistas desoladoras tenham sido colhidas no vestiário tricolor após a partida, algumas delas com jogadores que teriam "entregado os pontos" precocemente, e alguns integrantes da "mídia marrom" tenham buscado impor aos ouvintes que a cabeça de Sandri estaria sendo pedida, deturpando depoimentos de dirigentes, nada está perdido para os paranistas, afinal, 27 pontos ainda estão em disputa no entando coisas precisam ser revistas e modificadas.
Flávio, ídolo, não está em boa fase e deve ser afastado até para preservá-lo junto à torcida. Nem e Daniel Marques alternam boas com más atuações. Luís Henrique é o único que se salva da defesa, juntamente com João Paulo que voltou a bem atuar, podendo até ocupar a vaga de primeiro volante face sua qualidade de passes. Muçamba não pode ser titular de time da primeira divisão. Adriano, embora demonstre vontade e tenha dado entrevistas animadoras, precisa se comprometer dentro de campo e não apenas com os microfones nos discursos, tem que fazer o que prega. Batista tem que ser preservado, afinal, foi sua primeira atuação questionável na temporada. Éverton precisa amadurecer. Adriano Bahia não convenceu ainda. Vandinho precisa aprender a marcar e a cobrir volantes. Jeff precisa entender que, para bem atuar, deve ficar dentro da área. Vina Pacheco não pode sair do time e Sandri precisa deixar de ser covarde e buscar a vitória até o final, otimizando racional e inteligentemente as alterações.
Sem a postura adequada o futuro tricolor para o ano de 2008 é sombrio, devendo as coisas no Paraná Clube mudar e não simplesmente ficar como estão.
As duas equipes voltam a campo domingo pela 30ª rodada do Brasileirão. Às 16h, o América (RN) enfrentará o Internacional em Porto Alegre e o Paraná Clube lutará pela vida em partida contra o Figueirense, às 18h10, na casa do adversário.
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FICHA DO JOGO:
AMÉRICA (RN): Sérvulo, Carlos Eduardo, Robson e Rogélio; Ney Santos (Chiquinho), Tony (Washington), Reinaldo, Souza e Berg; Wesley Brasília (Lano) e Leandro Sena. Técnico: Paulo Moroni.
PARANÁ CLUBE: Flávio, Luiz Henrique, Nem (João Paulo) e Daniel Marques; Vandinho, Batista, Rafael Muçamba, Adriano Bahia (Everton) e Adriano; Jefferson (Lima) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.
Local: estádio Machadão, em Natal (RN).
Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Irani Pinto da Paz (PE) e Ângela Paula Regis Ribeiro (MG).
Cartões amarelos: Nem (PR) e Adriano (PR).
Gols: Carlos Eduardo, aos 29min, Josiel, aos 44min do primeiro tempo; Adriano, aos 6min, Wesley Brasília, aos 19min e aos 34min do segundo tempo.