quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Pão e circo




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34ª RODADA

Após 33 rodadas o Campeonato Brasileiro de Futebol apresenta a seguinte classificação:




Libertadores: 1º São Paulo (70P); 2º Santos (55P); 3º Palmeiras (55P); e 4º Cruzeiro (54P).

Copa Sul-americana: 5º Grêmio (54P); 6º Flamengo (52P); 7º Fluminense (49P); 8º Botafogo (46P); 9º Atlético(PR) (46P); 10º Figueirense (45P); e 11º Vasco (44P).

No "limbo": 12º Atlético(MG) (44P); 13º Internacional (44P); 14º Náutico(PE) (43P); 15º Sport (43P); e 16º Goiás (41P).

Rebaixados: 17º Corinthians (41P); 18º Paraná Clube (37 P); 19º Juventude (32 P), e 20 América(RN) (16P).

A 34ª rodada terá início nesta quarta-feira, dia 31.10, com os seguintes jogos:

Figueirense x Fluminense: A partida inciará às 19hs30 no Orlando Scarpelli em Florianópolis e, se por um lado, pouco interessa ao time carioca, a vitória garante ao mandante, a garantia de permanência na série A em 2008 e melhora suas possibilidades de ida à Copa Sul-americana do próximo ano. Jogo com cara de empate.

Atlético(PR) x Grêmio: Partida com início às 19hs30 na Baixada em Curitiba. Já sem chances de ir à Libertadores os mandantes buscarão o resultado positivo que lhes garante a vaga na primeira divisão em 2008, ano onde poderá disputar a Copa Sul-americana. No entanto, mesmo sem perder, ou mesmo sofrer gols nos últimos quatro jogos em casa, o rubro-negro enfrentará a determinação gaúcha que visa a conquista da vaga da Libertadores. Jogo nervoso, até porque a partida válida pelo primeiro turno acabou tumultuada. Cara de "0 x 0" com expulsões.

Atlético-MG x Paraná Clube: Com início às 20hs30 no Mineirão em Belo Horizonte, o time local busca a vitória para assim afundar o visitante e melhorar o ânimo para assim lutar por quem sabe uma vaga na próxima Sul-americana. O tricolor paranaense, absolvido no STJD vai motivado pela certeza da não retirada de até 78 pontos, e pela vitória no último domingo a qual, caso repita, embora não o retire da zona do rebaixamento, permite que, dependendo dos resultados de Goiás e Corinthians, o mesmo, caso mantenha uma sequência de sucessos, consiga deixar a mesma. Pode acontecer qualquer coisa, até mesmo a vitória dos visitantes.

São Paulo x América(RN): Às 21hs45, no Morumbi em São Paulo, começará a partida que deverá definir o campeão brasileiro de 2007. O São Paulo em caso de empate, garante o título do certame diante do já rebaixado América de Natal, dono da pior campanha, até agora, de todos os times que já disputaram o campeonato no sistema de pontos corridos. São Paulo garante o "caneco".

Flamengo x Corinthians: Com início às 21hs45 no Maracanã, Rio de Janeiro, essa partida poderá permitir que o sonho de voltar à Libertadores siga valendo para flamenguistas ou, complicar a vida dos paulistas no que tange ao descenso. Pode acontecer de tudo, até mesmo a vitória do "timão".

Náutico(PE) x Santos: Às 21hs45 no Estádio dos "Aflitos" em Recife, o Timbí, que chegou até a surpreender pela recente sequência de bons resultados, buscará a vitória que lhe dá um descanso na luta contra o descenso e ânimo para tentar vaga na Sul-americana. Vencer também é o objetivo do time de Vanderlei Luxemburgo, que, praticamente sem chances de disputar o campeonato, quer garantir a vaga na Libertadores de 2008. O Santos pode surpreender o irregular Náutico.

Goiás x Vasco: Às 21hs45 terá início no Estádio "Serra Dourada" em Goiânia, o jogo dos desesperados. Tanto Goiás como Vasco estão próximos à zona do rebaixamento e, caso vençam o confronto, poderão até sonhar com a vaga na Copa Sul-americana. Partida essa onde o empate não seria bom resultado para ninguém. Cara de "0 x 0" sofrido.

A rodada terá sequência nesta quinta-feira, dia 1º de novembro, com três partidas, todas com início às 20hs30:

Botafogo x Cruzeiro: A partida que ocorrerá no Engenhão, Rio de Janeiro, terá a serventia de, para o mandante, afastar-se da "zona da degola" e tentar uma vaguinha na tão desdenhada Copa Sul-americana. Já os mineiros buscarão recuperar-se do deslize em casa na última rodada e assim, seguirão lutando para garantir participação na Libertadores de 2008. Como Cuca contagia a todos com sua melancolia, o Cruzeiro leva vantagem.

Palmeiras x Juventude: No Parque Antarctica, São Paulo, o time dirigido por Caio Jr. deverá facilmente superar o praticamente rebaixado time da bela Caxias do Sul. Dificilmente o "verdão" perderá a partida do antigo "clássico parmalat" e caso isso ocorra, não será fácil ouvir a sempre afinada "turma do amendoim" que frequenta os "jardins suspensos".

Internacional x Sport: No Beira-Rio em Porto Alegre, o atual campeão mundial enfrentará um time em situação similar à sua. Aqui o empate não é bom negócio para nenhuma agremiação. Quem perder se complica na luta contra o descenso e, quem vencer pode até conseguir adiante uma vaga na Sul-americana de 2008. Como jogará em casa e tem um bom elenco, os colorados deverão comemorar ao final da partida sobre o time de Geninho.

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Triste realidade



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terça-feira, 30 de outubro de 2007

Brasiu-iu-iu!

Terça-feira, dia 30 de outubro de 2007. Guardem essa data, afinal, a mesma será, infelizmente lembrada, por ser o marco inicial da institucionalização do “oba-oba” neste país até o ano de 2014 e poderá ser tida como um “divisor de águas” da sociedade brasileira.

Como se diria antigamente, a eleição “foi uma barbada”; afinal, o Brasil não concorria com ninguém. Com o “rodízio” entre os continentes, a África do Sul sediará a Copa em 2010 e após essa, nosso país terá a honra e a responsabilidade de, novamente, recebê-la. Convém recordar que o Brasil é, paradoxalmente, a única “potência do futebol mundial” a nunca ter vencido uma Copa Mundial nos seus domínios.

Alguns até questionam a forma como os “anfitriões” teriam vencido em 1966 e 1978, no entanto, o fato é que o Brasil, maior vencedor de mundiais, não venceu ainda uma copa na frente de seus torcedores que tampouco viram sua seleção trazer para casa um ouro olímpico.

A escolha do Brasil (candidato único após a desistência da Colômbia), foi anunciada com ressalvas por Joseph Blatter, presidente da FIFA, alentando que o país deverá promover a mesma com responsabilidade. O episódio da apresentação do “vencedor”, mais parecia um sermão dado por um tio-avô a um garoto desobediente e mal-educado.

Lulla, Teixeira e seu “clero” lá estavam. Comemorando felizes uma vitória por W.O., sendo que o “desistente” enfrenta diuturnamente problemas gravíssimos com a guerra civil nesse país instaurada, tendo parte do seu território sob o domínio das FARCs.

A falta de opções da FIFA fez com que a entidade suspendesse a regra do “rodízio de continentes”, sendo a Copa do Mundo de 2018 conferida à quem pagar mais, digo, a quem apresentar melhores condições.

Claro que essa foi uma desculpa sensacional e adequada da entidade para buscar mais parceiros comerciais. Afinal, uma regra que visava a integração entre os povos, que permitia chances a todos os continentes em sediar o maior evento desse esporte, regra mantida por quase cem anos e que atravessou duas guerras mundiais, apenas seria derrubada por questões comerciais quando a “desculpa” não fosse tão visível.

Para o mundo, a “justificativa da FIFA” foi: “vejam, temos que acabar com o rodízio, afinal, se o Brasil, que nem condições de dar emprego, moradia e educação, teve que ser escolhido, pela falta de opção”...

Lavou as mãos Blatter e assim parte para uma nova etapa na entidade, a do “potencial político e financeiro”.

Lembro-me que, de quando era criança, num mundo onde as transmissões “via satélite” eram raras e onde as casas sequer tinham computadores. Nessa época, as Copas do Mundo eram “agendadas” com quatro anos no máximo de distância. Hoje, num mundo globalizado e onde a internet é uma necessidade, já em 2007, sabemos onde a Copa de 2014 será realizada. Alguém se perguntou por quê?

Infelizmente há tempos me desiludi com o ser humano; aliás, não apenas com ele. A sociedade hoje está composta por aproveitadores que posam de populistas e que se utilizam de empresas de marketing para vender aos cidadãos, a idéia de algo que não são. Mas tem gente que compra tal idéia.

E a Fifa precisa de gente assim, de políticos que “tenham conhecidos” e que representem eventuais parceiros, investidores. Gente que busca comprar credibilidade, apoio, e mais poder. Ora, qual a serventia de termos já em 2007 a resposta da sede de 2014 se não a de “movimentar” especulações políticas, “comprar e vender” favores e interesses? O “clero” da Fifa será sustentado por esses interesseiros e que lugar melhor para fazer a transição entre a forma antiga de se fazer mundiais (com amparo na corrupção de políticos e desvio de valores públicos) e a forma nova (onde quem pagar mais ganha) do que o Brasil?

A escolha do Brasil foi realmente emblemática, cheia de simbologias.

O Financial Times anunciou que o Brasil é o país da “precariedade e da corrupção”. Assim somos vistos lá fora.

Alguém se surpreendeu com o fato? E com a reiterada passividade, permissividade do povo brasileiro aliás, alguém ainda se surpreende? Como pudemos permitir que a corrupção se tornasse prática aceitável, banalizando princípios morais da sociedade?

Assim somos nós, esse é o Brasil; estado que, a partir de agora terá reflexos diretos da administração do futebol, afinal, Ricardo Teixeira posa hoje como estadista, tendo ele e o “cordão que o segue”, a chancela de celebridades, políticos e oportunistas para “tocar a Copa”.

Como pode Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol há quase duas décadas, que disse recentemente (numa clara confissão de incompetência), que o Maracanã e o Morumbi, dois dos maiores palcos de futebol no país, não estariam aptos para sediar jogos de copa do mundo. Como os dois maiores estádios nacionais não teriam tais condições? Seria por falha, negligência ou imperícia de sua gestão como dirigente?

Com tal assertiva, Teixeira lançou-se pelo país atrás de apoio político e iniciou uma barganha de facilidades e favores. Assim, o “clero” futebolístico de federações e respectivos governadores dessas federações ganharam condição de estadistas e o país, que é um exemplo social para o mundo, lançar-se-á, numa tola investida para organizar um evento desse porte.

Mas dinheiro será necessário. E de onde virá? Não pense o amigo que de investimentos privados. Temos o exemplo do Pan do Rio de Janeiro. Nuzman (o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro), anos antes do evento, garantiu que não haveria “dinheiro público” e que todos os recursos viriam de entes privados. No entanto, às vésperas dos jogos, com muita coisa ainda por ser feita, o Governo Nacional, o Governo do Estado do Rio Janeiro e a administração da municipalidade sede, abriram os cofres, bancando a conta que dirigentes esportivos e políticos apresentaram, sob a justificativa de que, caso isso não ocorresse, os mesmos não ocorreriam e seria uma “vergonha nacional”.

Esses dirigentes e políticos conseguiram transmitir ao país a vergonha de não terem sido capazes de organizar o evento e de ir atrás das parcerias necessárias e suficientes. Assim, o “nosso pan” viu seu orçamento inicial de U$ 200.000.000,00 superar a inacreditável marca de U$ 3.800.000.000,00, tornando-se o evento mais caro da história.

Alguém sabe se os responsáveis foram sequer responsabilizados. Naquela oportunidade deveria o Sr. Presidente ter condenado Nuzman e os políticos envolvidos à execração pública, à vergonha, que agora, assumimos, nas mãos do nosso representante mor do executivo.

Quantas coisas poderiam ter sido feita com o dinheiro absurda e literalmente “desviado”.

Vejam só, amigos como é importante que as capitais estaduais sediem ao menos um jogo da Copa de 2014. Junto com Lulla (aquele que liberou, sem previsão orçamentária e fiscalização, valores para o Pan, que não sabia de nada do que ocorria no planalto, nem dos atos de seu eterno companheiro, José Dirceu), onze governadores, de dezoito unidades federativas nacionais, lá estavam. E viajaram com suas comitivas custeados por quem, por empresas parceiras?

Se nem buscamos a reparação das coisas grandes, imaginem se iremos nos preocupar com algumas passagens, jantares e mordomias.

Façamos um breve exercício matemático. Somem tudo o que fora indevidamente gasto no Pan com tudo o que será “jogado fora” nas tratativas, jantares, estadias, viagens, etc.., com todas as comitivas até 2014. Quanto teremos cada um de nós pago por isso?

A pomposa delegação, presidida pela maior autoridade nacional, será aclamada, publicamente por aquele que, como não tem pão, precisam do “circo”, e esse fato será o marco inicial do que, infelizmente, se configurará na maior farra de capital público vista neste país.

Multipliquem a “farra do Pan” pelo número de sedes eventualmente envolvidas e terão uma idéia não apenas dos montantes envolvidos, como também do perigo do desvio desses recursos no nosso país.

E o pior é que esses “notáveis” farão o discurso da precariedade para obter mais recursos públicos. Dirão que nada do que está aí funciona e se limitarão, na hora de efetivar seus projetos, a fazer uma plástica em algumas ruas, acessos, estádios. Irão vender a dificuldade para receber sobre a ilusão ótica que o “resultado visível” trará.

Infelizmente, amigos, não falo do resultado de um exercício de ficção, de um lugar imaginário, sem lei, nem responsabilidades ou compromissos; comento fatos visíveis a todos aqueles que deveriam se preocupar com o que ocorre.

A corrupção é uma instituição oficializada e amparada por políticos e dirigentes esportivos. Com a decisão da FIFA em “lavar as mãos” e permitir uma Copa no Brasil, “cartolas” passarão a ser tratadas como “autoridades”; serão cortejados como fúteis donzelas por quem representa ou personifica os “poderes interessados”, privados ou públicos.

E, nessa história, esses irão adorar cada instante de eventual burlanesca investida! Mais até do que o afago ao ego causado pelos holofotes e pelo que o “poder” permite. Venceram por vias tortas, no país da permissividade, da apatia e do descomprometimento social.

Seriam os infelizes cidadãos desse lugar, reféns da constatação da precariedade de sua sociedade, para tais fatos permitirem? Confessariam, perante o planeta, de que ainda não seriam uma nação que ofereça ao menos dignidade à sua população e que, por isso, permitem, até por omissão da própria sociedade, que aproveitadores se perpetuem no poder, juntamente com seus agregados?

Podemos entrar na contagiante festa do ufanismo burro e assistir à dilapidação do pouco que conseguimos ser como sociedade ou, até por termos eleições nos próximos anos, enfim, entendermos que, como sociedade, o Estado nos deve respeito e obediência e assim, buscar a conscientização dos iguais, fazendo a respectiva e cabível “mea-culpa”, livrando-nos dos grilhões que a inércia social nos colocou, tentando não sermos mais reféns aquilo que permitimos, se tornasse nossa sociedade.

Caso nada nos dignemos a fazer, nossas autoridades serão governadas, direta ou indiretamente pelos cartolas, agora poderosos. Nossa omissão daqui para a frente terá como conseqüência a absorção de máximas “cartolescas” por políticos e pela população, passando a ser o futebol fonte de maus exemplos, quando deveria levar à sociedade mostras reais de que, com dedicação, entrega, disciplina, companheirismo, retidão e respeito, se faz um caráter; com alguns destes, um time, um clube, uma entidade, uma torcida..

Alguns dirão que exagero. Talvez... Olvido-me que vivo num lugar maravilhoso, perfeito, onde todos tem acesso à saúde, emprego, habitação; onde os políticos são os verdadeiros representantes dos anseios populares e onde o esporte é apenas um belo meio de inclusão social.

Esqueço até que neste país os sanguessugas são verdadeiras “lendas urbanas”, afinal, não existem, jamais foram vistos. Nem me recordo que “nosso comandante”, de tão honesto, nada sabia de atos reprováveis cometidos por amigos de toda uma vida; coitado, como falar mal de um homem que apenas soube arranjar emprego e parcerias milionárias para seu filho.

Talvez isso mudasse se todos soubessem que a nossa federação nacional de futebol, a CBF, detentora do que deveria ser a maior referência de futebol no planeta, arrecada, com a seleção “canarinho”, cinco vezes campeã mundial, por ano, sete vezes a menos que a federação francesa, apenas uma vez campeã. Isso é competência ou a entidade já tem como “oficial” a não divulgação correta do volume financeiro que movimenta?

Alguns se perguntariam se a federação-mor não estaria informando ao governo o recebimento de valores menores que os efetivamente percebidos, num intuito de com isso, recolher menos impostos.

Como podemos conviver com levianos que acreditam que todos são corruptos? Lamentável. A CBF é um exemplo de organização. Recentemente não acolheu proposta de uma emissora pela exclusividade na transmissão do campeonato nacional de futebol em atenção a uma velha parceria com outro canal televisivo. Como podemos acreditar que seus dirigentes tenham interesses escusos se os mesmos se furtaram a receber mais pela concessão?

Até quando nossa sociedade permitirá que coisas como essas ocorram? É hora de exigirmos e fiscalizarmos nossos dirigentes, políticos e de entidades esportivas. Temos que aprender com os erros do passado e não mais tratar essa corja como um pai rico atende a um filho pródigo.

Ficam algumas certezas, dentre elas a de que, nada infelizmente será feito. Seremos mais permissivos ainda, afinal, quanto maior a impunidade, mais se aventuram seus adeptos a “correr os riscos”.

Ou podemos mudar isso nas eleições municipais, estaduais e presidenciais. Não reelegendo essa corja que hoje ocupa o poder e que se sente “dona” do pedaço de terra que representa mas que se exime das responsabilidades inerentes.

Os reles torcedores podem também começar a buscar melhores dirigentes de seus clubes, afinal, esses elegem os representantes das federações estaduais.

Torcedores e cidadãos devem zelar e exigir a transparência nos atos administrativos. Devem cobrar que, um ato somente seja realizado desde que exista previsão monetária adequada.

Já que a Copa de 2014 será realizada no Brasil, façamos nós, os cidadãos a mesma, que busquemos nos sete anos até o evento, dar ao país um Estado limpo, com representantes engajados e sem passado de corrupção. Que vejamos a mobilização do povo para, enfim, termos uma nação, de forma com que, para o mundo o Brasil seja reconhecido por seus craques em campo e pela sua sociedade, nas ruas, e não mais por mulatas, samba, personagem fantasiados de verde e amarelo, ébrios de corrupção e desesperançosos.


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sábado, 20 de outubro de 2007

Palmeiras x Paraná Clube

Hoje rebaixado, o tricolor da vila tem soma apenas 34 pontos no certame, com pífios 37% de aproveitamento de pontos.

Pensando em sair desse "inferno astral" dentro de campo mas afetado pelo inferno dos bastidores, o tricolor paranaense foi a São Paulo, "respirando por aparelhos" para, às 18hs10, deste sábado, no Parque Antarctica, enfrentar o Palmeiras que, em campeonatos brasileiros. Contra o Paraná Clube, tem um histórico equilibrato de três derrotas, três vitórias e um empate.

Saulo, o "tigre da Vila", eterno ídolo paranista, pelo pouco tempo no comando da equipe, talvez por desconhecer a fundo as propriedades de cada atleta do tricolor, está utilizando os jogos oficiais para testar formações distintas, comprometendo o entrosamento da equipe.

Tal fato decorre do "desmonte" de dois "times" em tempo inferior a um ano, tendo o tricolor de Curitiba ido à final estadual e, após passar da fase de grupos da Copa Libertadores, demonstrado grande interesse em disputar a segundona em 2008.

Sem seus tradicionais volantes, uma vez que Adriano está suspenso em face da expulsão na última partida e Beto está fora (treumatismo craniano), Saulo busca, no elenco, peças que permitam melhor proteger sua zaga.

Flávio, com dores na coxa, deixará a meta para a entrada de Gabriel. Vinicius Pacheco, também lesionado, daria lugar a Vandinho, mas, em face da mesma, Lima e Jeff disputariam tal posição. Como o atacante-ala, "dublê" de goleiro, acusou lesão nesta quinta, é dúvida, poderiam os "preteridos" ter nova oportunidade ao lado de Josiel (artilheiro da competição com 18 gols).

No entanto, Saulo escalou nos treinamentos o meia Róbson, adiantando Giuliano para o ataque ao lado de Josiel, sendo essa uma inédita formação para a meia-cancha paranista.

O volante Jumar, desde 2005 no clube mas que ainda não estreou pela equipe principal, deverá ocupar um lugar à frente da zaga, sendo aposta de Saulo que ainda conta com Araújo e Goiano no setor.

O lateral esquerdo Márcio Careca, autor do gol da vitória paranista no primeiro turno, foi reintegrado ao elenco após Saulo ter assumido e ganha nova oportunidade no setor.

Do lado Alviverde o Palmeiras está na luta para acabar a competição no "G-4". Hoje ocupando a quinta posição do certame, o time da "torcida que canta e vibra" terá que superar um jejum diante dos times paranaenses, afinal, neste ano ainda não somou um ponto sequer contra os representantes de Curitiba, tendo perdido duas vezes para o Atlético(PR) e uma para o Paraná Clube, na Vila Capanema.

O histórico do Palmeiras contra os times paranaenses não é, realmente, dos melhores. Após a disputa ser no sistema de "pontos corridos" o Palmeiras tem oito derrotas e seis empates, tendo vencido apenas em cinco oportunidades, um aproveitamento de apenas 36,8%.

O técnico Caio Júnior atuou no Paraná Clube e o comandou em 2006, ano em que o tricolor fez sua melhor campanha em campeonatos brasileiros. Mesmo assim, tal "conhecimento" não foi capaz de evitar a derrota pelo placar mínimo no jogo de Curitiba, válido pelo primeiro turno.

Ambas equipes, face suas necessidades e interesses, deverão buscar a vitória; os mandantes para irem à Libertadores de 2008 e os visitantes para seguir lutando pela permanência na divisão de elite nesse ano.

Uma das forças do time da "defesa que ninguém passa" é a própria, uma das cinco melhores do certame em 2007 e, muito desse mérito passa pelas belas e reiteradas atuações do arqueiro Diego Cavalieri e dos ex-paranistas Gustavo e Pierre, este último, desfalque para a partida.


Ficha do jogo

PALMEIRAS: Diego Cavalieri; Paulo Sérgio, Gustavo, Dininho e Valmir; Wendel, Makelele, Valdivia e Caio; Luiz Henrique e Rodrigão. Técnico: Caio Júnior.

PARANÁ CLUBE: Gabriel, Leo Matos, Daniel Marques, Neguette e Márcio Careca; Goiano, Jumar, Batista e Robson (Vandinho); Giuliano e Josiel. Técnico: Saulo de Freitas.

Data: 20/10/2007, sábado, às 18h10.
Local: estádio do Parque Antarctica, em São Paulo (SP).
Arbitragem: Wagner Tardelli Azevedo/SC (Fifa).
Auxiliares: Marco Antônio Gomes/MG (Fifa) e Carlos Berkenbrock.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Brasileirão

Neste último final de semana tivemos jogos válidos pela 30ª rodada do campeonato brasileiro, faltando apenas agora apenas oito rodadas para definir quem será o campeão, os classificados às copas continentais e quem irá disputar a segundona em 2008.

No sábado, dia 6 de outubro, tivemos: Palmeiras 2 x 0 Grêmio; Náutico 4 x 1 Juventude e Botafogo 1 x 2 Santos. Domingo, dia 7 de outubro, os resultados foram: Internacional 2 x 0 América(RN); São Paulo 0 x 1 Corinthians; Atlético-MG 3 x 1 Sport; Atlético(PR ) 1 x 0 Vasco; Goiás 0 x 0 Cruzeiro; Flamengo 0 x 2 Fluminense e Figueirense 4 x 0 Paraná Clube.

Dessa forma a classificação atual é a seguinte:

Campeão: São Paulo 63P;

Libertadores (junto com o campeão): 2º Cruzeiro 52P; 3º Santos 51P; e 4º Palmeiras 50P;

Sul-americana: 5º Grêmio 48P; 6º Fluminense 47P; 7º Sport 42P; 8º Botafogo 42P; 9º Figueirense 41P; 10º Atlético(PR) 41P; e 11º Vasco 40P;

No limbo: 12º Internacional 40P; 13º Flamengo 40P; 14º Náutico-PE 39P; 15º Goiás 38P; e 16º Atlético-MG 37P;

Rebaixados: 17º Corinthians 37P; 18º Paraná Clube 34P; 19º Juventude 30P; e 20º América(RN) 16.

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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Figueirense 4 x 0 Paraná Clube

Em mais uma vergonhosa atuação o tricolor da Vila Capanema deixou escapar a oportunidade de se livrar da zona do rebaixamento e assim, segue na 18ª posição com parcos 34 pontos e vê “concorrentes diretos” ao rebaixamento, como o próprio Figueirense, o Internacional, o Flamengo e o Náutico, distanciar-se da mesma.


Convém ainda lembrar que o Corinthians e o Galo Mineiro venceram e o Goiás empatou.


É difícil apontar culpados até porque esse termo é algo pesado, no entanto temos sim alguns responsáveis pelo resultado.

Injustificadamente, o técnico Lori sandri segue armando sua equipe no 3-5-2, mesmo o Paraná Clube já tendo demonstrado que, o 4-4-2 é a sua “melhor formação”. Mesmo assim, o time da Vila Capanema saiu pro jogo desde o início, dando a clara impressão de que iria superar o vexame frente o América na rodada anterior. Ledo engano.

Tudo caminhava bem até que, aos 18 minutos da etapa inicial, Vandinho (atacante que Sandri deslocou à ala esquerda) ao invés de estar no seu setor marcando o ala e fazendo a devida cobertura da diagonal e da linha de fundo, apareceu dentro da área e, numa bola sem força que ao canto inferior direito rumava, “surtou”, e fez a defesa demonstrando que Gabriel terá concorrente para a camisa de número 1 em 2008. Nem vou me dignar a comentar que Daniel Marques não estava no setor ou que, um lateral de ofício teria dado um peixinho, carrinho, ou mesmo ocupado melhor posição; o fato é que, sua má colocação inibiu até a iniciativa de Flávio em promover a defesa, tendo o arqueiro, inclusive, abortado o movimento de saída para efetuá-la.

Vandinho expulso, pênalti batido por Chicão e placar aberto para o Figueirense, então concorrente direto na luta contra o rebaixamento, ficando o Paraná com dez atletas em campo por mais de 50 minutos.

Aí apareceu outro personagem, responsável direto pelo placar final da partida. Lori Sandri esperou eternos dez minutos para recompor seu setor direito defensivo. Desorganizado atrás pela expulsão e sem a imediata ação do treinador (que teve passagem por cinco clubes rebaixados), o Paraná viu esse flanco ser explorado até novo gol de Chicão.

Na saída de bola o Sandri se superau colocando Matos e Vina Pacheco nos lugares de Jefferson e Nem. A entrada de Matos é lógica, até para recompor o flanco direito mas, se Matos estava em campo e é o atleta do elenco tricolor que melhor faz cruzamentos, Jeff, a única referência de área do time, não poderia ter saído jamais.

Com Vina Pacheco no meio, vindo buscar a bola uma vez que os alas não apoiavam, e com Josiel sozinho na frente (sempre marcado por dois jogadores da equipe que estava em vantagem numérica), O Paraná, mesmo desorganizado taticamente, equilibrava o jogo territorialmente, sofrendo sufoco apenas quando o mandante explorava com passes e inversões de bola, sua superioridade numérica.

João Paulo demonstrou categoria atuando como primeiro volante, na proteção à zaga e Flávio, mesmo questionado, estava em noite feliz, tendo salvo o tricolor de bons arremates do oponente.

Após o intervalo nada mudou e, em mais uma ação ofensiva, aos 26´ da etapa final, o tricolor viu o argentino Frontini fazer o terceiro gol do Figueirense.

Aí, o Gênio de Lori se superou e promoveu o ingresso de Renan, notoriamente um prendedor de bola e lançador, no lugar de João Paulo. A pergunta que surgiu era: “se Josiel está marcado por dois, se Vina está no meio e os alas não sobem face a orientação do treinador, para quem Renan lançaria?”

Assim, apático e desanimado, o tricolor viu André Santos aos 40´ dar números finais à partida.

Sandri disse após que não foge à luta e que segue no comando, no entanto, dentro de campo, recusa-se a covardemente a buscar a vitória. À que luta Sandri diz não fugir? Aliás, rumores indicam que o mesmo pediu demissão a qual será oficialmente informada ao final da tarde de segunda. Rumores indicam que Saulo poderá ser nomeado treinador paranista.

Assim o tricolor tem semana difícil enquanto se prepara para enfrentar o Flamengo, seu maior freguês em campeonatos brasileiros, neste sábado às 16hs, e terá que contar com forte presença da torcida para empurrar o elenco tricolor.

FICHA DO JOGO

FIGUEIRENSE: Wilson; Chicão, Asprilla e Felipe Santana; Ruy, Cleiton Xavier, Diogo (César Prates), Thiago Gentil e André Santos; Otacílio Neto (Frontini) e Fernandes (Jean Carlos). Técnico: Alexandre Gallo.



PARANÁ CLUBE: Flavio, Vandinho, Daniel Marques, Nem (Leo Mattos), Luís Henrique, Paulo Rodrigues, João Paulo (Renan), Adriano, Batista, Josiel, Jefferson (Vinicius). Técnico: Lori Sandri.


Local: estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC).

Árbitro: Salvio Enpínola Fagundes Filho (FIFA/SP).

Auxiliares: Marco Antônio Gomes (FIFA/MG) e Aline Lopes Lambert (SP).

Gols: Chicão (Figueirense), aos 18min e aos 27min do primeiro tempo, Frontini, aos 26min, e André Santos, aos 40min do segundo tempo.

Cartão vermelho: Vandinho (P), aos 17min do primeiro tempo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

América 3 x 2 Paraná Clube


Em vergonhosa atuação paranista o time de Curitiba conseguiu fazer a proeza de perder, por duas vezes no mesmo campeonato, para o já rebaixado América de Natal.

Impressionantemente o time comandado por Lori Sandri não conseguiu repetir a belíssima atuação contra o Fluminense e, apático, acéfalo e irreconhecível, o tricolor paranaense presenteou a todos com sua pior atuação no certame; agravado pelo fato do mandante nada ter jogado sendo um time totalmente limitado e previsível.

Ontem, comentando a partida ao vivo, nas minhas primeiras considerações disse que lamentava o fato de não ter levado para a transmissão o colírio, vez que meus olhos ardiam ao testemunhar tão fraco futebol.

Com uma lentidão que dava sono aos espectadores, Paraná e América entraram em campo para jogar algo que não fosse futebol. Em atuação que remetia ao confronto de finais de semana entre casados e solteiros, o Paraná Clube não conseguia colocar coerente e objetivamente a "bola no chão", ficando refém das investidas de Vandinho e principalmente, de Josiel, artilheiro da competição.

A partida truncada no início passou a ser surpreendentemente dominada pelos mandantes. O mau posicionamento da zaga paranista, as pífias atuações individuais dos atletas paranistas, que, conjuntamente "aceitaram" o jogo do adversário, propiciaram ao mesmo que perdesse três oportunidades de gol até que aos 29´ da etapa inicial, Souza cobra falta no meio do gol, bola rebatida à frente por Flávio (voltando de suspensão mas já tendo praticado boas defesas até então) , que Carlos Eduardo aproveitou para abrir o placar.

Já aos 33´ os gandulas tinham desaparecido do campo, fato que irritou os atletas da equipe visitante. Aos 40´ após cruzamento vindo do setor esquerdo, Reinaldo cabeceou forte, Flávio (aparentemente tenso pela primaira falha) faz a defesa mas caiu com a bola para dentro do gol, fato não percebido pela assistente mineira Ângela (uma vez que o corpo de Flávio caído lhe prejudicava a visão do lance), que nada anotou, dando sequência à partida.

Após, aos 44´, num dos raríssimos ataques paranistas, após bela jogada de Josiel (o único lúcido em campo), Vandinho rolou a esférica para trás, dentro da área americana e, tendo Jeff "furado", o mesmo Josiel, oportunista, completou para as redes adversárias, fazendo seu 18º gol no certame, deixando com isso, o placar em igualdade.

Apesar do empate o América detinha certo domínio face à inércia paranista. A equipe de Curitiba voltou do vestiário, sem o "sono" demonstrado na primeira etapa. Então, ciente de sua melhor qualidade, o tricolor passou a dominar os atos e, aos da segunda etapa, Adriano, sumido até então, ajeitou a bola nas proximidades da linha intermediária e, sem medo, chutou forte no ângulo direito para liderar o placar.

Aí, com sempre, o eterno retranqueiro Lori Sandri, sacou a Jeff, tirando com isso a referência tricolor adiante. Mesmo que o "11" paranista não estivesse em noite boa, ele "segurava" sempre dois defensores e permitia que Josiel tivesse certo espaço. Com a indevida substituição de Jeff por Lima (bom jogador mas que atua em diagonal e pelas pontas), o Paraná permitiu que a frágil defesa vermelha passasse a ter supremacia sobre os avantes. Naquele momento, a substituição mais coerente seria a entrada de Vina Pacheco, pelo meio, no lugar de Nem (já com amarelo), ou de Muçamba, um "zumbi" em campo, passando então Ângelo a atuar como primeiro volante (como no jogo contra o Fluminense) e Batista (em noite horrível), a atuar como segundo. Mas na cabeça de Sandri as coisas são sempre mais "complicadas", difíceis de serem vistas.

Aí, buscando garantir o resultado e jogando contra uma arbitragem ansiosa para "compensar" a falha do gol anulado no primeiro tempo, o tricolor recuou, parou com a "melhora" no padrão de jogo e pagou o preço por tal ato; aos 19´ Flávio falha novamente cedendo novo rebote após chute de longa distância, e Wesley Brasília, empatou a partida.

A partir desse ponto o Paraná morreu em campo. Adriano Bahia (outro em péssima noite) foi golpeado, tendo que sair de campo, foi substituído por um "verde" Éverton que foi ao meio, caindo Batista (que em 2006, com Caio Jr., ocupou por algumas vezes esse setor, mas de forma nada agradável), o que demonstra a falta de conhecimento do elenco e de capacidade para escolher os atletas do banco.

Mal como os atletas, Lori faz a inexplicável alteração de Nem por João Paulo (que para muitos deveria ser o encarregado de fazer a "proteção à zaga"), trocando um defensor por outro. Aí então, veio o castigo. Aos 34´ Washington invadiu a área e, Paulo César de Oliveira, árbitro com atuações rotineiras similares às dos atletas da partida, conseguiu "ver" toque por baixo de Batista (a dois passos do avante) e marcou a penalidade, no claro intuito de compensar o gol mal anulado, demonstrando que, como árbitro, vale a regra de que dois erros justificam um acerto. Wesley Brasília cobrou no canto esquerdo dando números finais à partida.

Após a "virada-sobre-virada", Muçamba sentiu lesão, deixou o campo e retornou apenas para fazer número. Assim, em tom fúnebre para os paranistas, acabou a partida, que teve como ponto alto as belas coxas da assistente mineira.

O time tricolor segue após o resultado com 34 pontos, na zona de rebaixamento, em 17° lugar, tendo sido essa a quarta vitória do América (RN) no certame, a terceira do clube sobre equipes paranaenses (suas sobre o Paraná e uma sobre o Atlético).

O tricolor que outrora detinha a melhor campanha como visitante, não vence fora há oito partidas e, embora tenha marcado gol no oponente (coisa que todos os outros 18 times da série A já tinham feito), disperdiçou 6 pontos cruciais para suas pretensões, afinal, com os mesmos, o Paraná teria, hoje, 40 pontos ao invés dos 34 que detém.

Não é hora para choradeiras nem para desespero. Embora algumas entrevistas desoladoras tenham sido colhidas no vestiário tricolor após a partida, algumas delas com jogadores que teriam "entregado os pontos" precocemente, e alguns integrantes da "mídia marrom" tenham buscado impor aos ouvintes que a cabeça de Sandri estaria sendo pedida, deturpando depoimentos de dirigentes, nada está perdido para os paranistas, afinal, 27 pontos ainda estão em disputa no entando coisas precisam ser revistas e modificadas.

Flávio, ídolo, não está em boa fase e deve ser afastado até para preservá-lo junto à torcida. Nem e Daniel Marques alternam boas com más atuações. Luís Henrique é o único que se salva da defesa, juntamente com João Paulo que voltou a bem atuar, podendo até ocupar a vaga de primeiro volante face sua qualidade de passes. Muçamba não pode ser titular de time da primeira divisão. Adriano, embora demonstre vontade e tenha dado entrevistas animadoras, precisa se comprometer dentro de campo e não apenas com os microfones nos discursos, tem que fazer o que prega. Batista tem que ser preservado, afinal, foi sua primeira atuação questionável na temporada. Éverton precisa amadurecer. Adriano Bahia não convenceu ainda. Vandinho precisa aprender a marcar e a cobrir volantes. Jeff precisa entender que, para bem atuar, deve ficar dentro da área. Vina Pacheco não pode sair do time e Sandri precisa deixar de ser covarde e buscar a vitória até o final, otimizando racional e inteligentemente as alterações.

Sem a postura adequada o futuro tricolor para o ano de 2008 é sombrio, devendo as coisas no Paraná Clube mudar e não simplesmente ficar como estão.

As duas equipes voltam a campo domingo pela 30ª rodada do Brasileirão. Às 16h, o América (RN) enfrentará o Internacional em Porto Alegre e o Paraná Clube lutará pela vida em partida contra o Figueirense, às 18h10, na casa do adversário.

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FICHA DO JOGO:

AMÉRICA (RN): Sérvulo, Carlos Eduardo, Robson e Rogélio; Ney Santos (Chiquinho), Tony (Washington), Reinaldo, Souza e Berg; Wesley Brasília (Lano) e Leandro Sena. Técnico: Paulo Moroni.

PARANÁ CLUBE: Flávio, Luiz Henrique, Nem (João Paulo) e Daniel Marques; Vandinho, Batista, Rafael Muçamba, Adriano Bahia (Everton) e Adriano; Jefferson (Lima) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

Local: estádio Machadão, em Natal (RN).
Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Irani Pinto da Paz (PE) e Ângela Paula Regis Ribeiro (MG).
Cartões amarelos: Nem (PR) e Adriano (PR).
Gols: Carlos Eduardo, aos 29min, Josiel, aos 44min do primeiro tempo; Adriano, aos 6min, Wesley Brasília, aos 19min e aos 34min do segundo tempo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

América x Paraná Clube

Hoje o paranista acordou na "zona da degola" do campeonato nacional, tendo sido ultrapassado no critério de saldo de gols pelo Atlético Mineiro que obteve um bom empate com o Grêmio por 2 a 2 em Porto Alegre.

O Paraná Clube ocupa atualmente a 17ª posição do campeonato nacional mas, com 28 jogos e uma vitória, poderá ultrapassar, na classificação, o próprio Atlético Mineiro, o Internacional e o Náutico, atingindo 37 pontos, mesma pontuação de Flamengo, Figueirende e Goiás, de quem ficaria abaixo pelo critério acima citado.

Tal situação faz com o que o tricolor de Curitiba encare a disputa de logo mais, às 20h30, contra o América de Natal, no Rio Grande do Norte, como fundamental para suas pretensões de seguir na série A em 2008 e ainda, tentar obter vaga à próxima Copa Sul-americana.

O time de Natal obteve uma das suas três vitórias no certame justamente contra o próprio Paraná Clube, em Curitiba, no primeiro turno. Rebaixado, o América é mero franco-atirador e um tropeço paranista seria frustrante para a torcida curitibana.

Após belíssima apresentação contra o Fluminense no domingo passado, o time de Lori Sandri buscará repetir a mesma intensidade ofensiva dos primeiros 60 minutos dessa partida, quando, com Jeff e Josiel à frente, pressionou o tricolor carioca na Vila Capanema, tendo-o vencido de virada por 3 a 1.

O Paraná Clube terá o retorno do goleirão Flávio, de Nem e de Rafael Muçamba que ocupará o setor de proteção à zaga uma vez que o capitão Beto será desfalque por ter sentido um choque na cabeça sofrido na última partida.

Assim, a meia-cancha paranista terá Adriano como segundo volante, fazendo a função de Beto e Batista confirma sua posição como titular inquestionável do tricolor.

Nas demais funções, Nem retoma sua função indo João Paulo (que teve belíssima atuação na última partida), para o banco, não tendo Lori sequer indicado Neguette. João Paulo, cria da "casa" vem retomando seu melhor futebol e para muitos poderia até atuar como primeiro volante, em virtude da qualidade do seu passe.

Vandinho parece ter caído não apenas nas graças de Sandri mas também do torcedor paranista. Incisivo, o atacante improvisado de ala-direito, deverá tomar mais cuidados defensivos sem, no entanto, deixar de encarar os marcadores, o que fez muito bem na partida contra o Fluminense, tendo sido aclamado pela torcida.

Do lado dos mandantes, Paulo Moroni sabe que, caso seja mantido no posto, muito tem que trabalhar para retornar à divisão de elite nacional, uma vez que seu time (que acumula parcos 13 pontos, dos quais, três obtidos na Vila Capanema), fatalmente disputará a segundona em 2008. Tony poderá aparecer na meia-cancha em substituição a Marquinhos Mossoró. Wesley Brasília seguirá ocupando a posição de Geovane, atacante que lesionado, segue fora do time desde a apresentação contra o Corinthians, compondo a dupla de avantes com Leandro Sena.

A próxima atuação paranista para quem, nenhum resultado distinto da vitória interessa, será no próximo domingo em Florianópolis contra o Figueirense, também em situação delicada no certame.


Ficha do jogo

AMÉRICA-RN: Sérvulo, Carlos Eduardo, Robson e Rogélio; Ney Santos, Tony, Reinaldo, Souza e Berg; Wesley Brasília e Leandro Sena. Técnico: Paulo Moroni.

PARANÁ: Flávio, Daniel Marques, Nem e Luiz Henrique; Vandinho, Rafael Muçamba, Adriano, Batista e Adriano Bahia; Jefferson e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

Data: 4/10/2007 (quinta-feira).
Local: estádio Machadão, em Natal (RN).
Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Irani Pinto da Paz (PE) e Ângela Paula Regis Ribeiro (MG).

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Paraná Clube 3 x 1 Fluminense

Paraná Clube e Fluminense se enfrentaram domindo passado na Vila Capanema Às 18h10. Entre as equipes, antes do apito inicial, estavam presentes os contrastes tanto das suas distâncias como das proximidades.

Ambos tricolores, o visitante vinha de quatro vitórias seguidas pelo placar de 2 a 0, estava a sete jogos sem perder e Fernando Henrique, seu arqueiro, poderia, caso não levasse gol, superar a marca de Félix mas, Renato Gaúcho, num rompante de estrelismo ou sob orientação do comando, chantageou a estrela do time, Thiago Neves (revelação paranista), colocando-o fora da partida por não ter o mesmo se decidido acerca da renovação com o tricolor carioca.

O mandante amargava a 18ª posição na nefasta zona do rebaixamento, vinha de derrota no clássico e precisava reencontrar o futebol que o levou a líder do certame, no início do mesmo.

Fora do campo o clima era de festa não apenas pelo bom público, que aproveitou a promoção de uma multinacional para lotar o Estádio Durival de Britto e Silva, mas pela festa que a torcida, em especial, a promovida pela Fúria Independente que, aniversariando deu um exemplo ao país, convidando a Young Flu para assistir ao seu lado a partida.

A imagem das torcidas de Paraná e Fluminense lado a lado antes do jogo, agitando as bandeiras era um bom presságio para o que ocorreria depois dentro das quatro linhas.

Com uma escalação inovadora e até surpreendente para os padrões do sempre defensivista Lori Sandri, o mandante entrou em campo com Jeff e Josiel, que nunca tinham atuado juntos oficialmente, com Batista no meio, com os alas avançando e com Vandinho, atacante, na ala direita, o que deixou muitos paranistas preocupados.

O temor dos mandantes passou quando a bola começu a rolar. Os mandantes dominaram desde o início. Adriano demonstrava insegurança e Vandinho nervosismo, deixando espaços na retaguarda pelo seu setor.

Mesmo assim, era jogo de uma só equipe tendo o Paraná perdido chances de abrir o placar desde o início nos pés de Josiel e depois, de Jeff.

Eis que então, num avanço despretencioso pelo seu setor esquerdo o Fluminense se aproveita da falha de marcação de Vandinho, da falta de cobertura de Adriano e, após triangulação, cruza para o que seria fácil defesa de Gabriel. Seria, se o jovem arqueiro paranista não tivesse falhado e largado a bola na cabeça de Somália. Fluminense 1 a 0, aos 10 minutos de jogo.

A "ducha de água fria" nos paranistas não acalmou impressionante e surpreendente ímpeto dos tricolores locais dentro de campo que seguiram dominando a partida. Pouco a pouco Vandinho foi assimilando a nova função e as responsabilidades defensivas inerentes e Adriano foi paulatinamente "entrando no jogo" olvidando-se das jogadas de efeito e das luzes dos holofotes. Dessa forma o Paraná seguiu mandando na Partida até que, aos 26 da primeira etapa, Jeff, após cobrança de escanteio, mandou a bola às redes do "invicto" Fernando Henrique.

A igualdade no placar da Vila Capanema não refletia o amplo domínio paranista. Dominando todas as ações ofensivas, com Batista se soltando, e Vandinho "dentro do jogo", o tricolor local jogava como no início da temporada, quando chegou, inclusive a ser líder do certame.

Eis que então Vandinho começou a brilhar cada vez mais; após três jogadas individuais sucessivas pelo setor direito, ele encarou o defensor e apenas "rolou" para Batista que soltou um "pombo sem asa" de canhota, que encontrou o ângulo superior direito de Fernando Henrique aos 41 minutos; assim, os mandantes foram para o intervalo em vantagem.

Veio a segunda etapa e o time local seguia dando as cartas. Vandinho, agora confiante, recebeu a bola no meio, pela intermediária, levantou a cabeça, pensou rápido e desferiu um potente chute; Fernando Henrique, atrapalhado, tentou a defesa mas falhou indescritivelmente. Peruzasso na Vila Capanema, o Paraná, aos 11 minutos da etapa final, vencia por 3 a 1 de virada.

A partir daí o técnico Lori Sandri, inexplicavelmente quis administrar o resultado. Assim, sacou Jeff, que segurava os zagueiros e abria espaços para Josiel, colocando Róbson, meia-atacante que fazia sua estréia na equipe.

Tal ato fez com que o Paraná desse a cancha para o Fluminense que passou a mandar, de forma estéril na partida. Apesar do domínio territorial do visitante nos minutos finais, por duas oportunidades, em contra-ataques, o time local esteve perto de ampliar o placar, o que não ocorreu graças à arbitragem que, como sempre, vem prejudicando a equipe curitibana.

Passado o tempo de jogo o placar de 3 a 1 demonstrou o que ocorreu nos primeiros sessenta minutos da partida. Nas arquibancadas, fora a festa, ficou provado para o país que futebol é confraternização e que as diferenças devem ser toleradas, administradas em nome de algo muito maior. As torcidas de Paraná Clube e Fluminense, que ficaram lado a lado por todo o embate, deram um exemplo sadio, inclusive àqueles que criticam as organizadas. Está aí o precedente, o primeiro passo para a conscientização.

Falando em exemplos, a esperança do torcedor paranista é a de que o técnico Lori Sandri, digne-se a manter o posicionamento e a orientação ofensiva para as próximas partidas, visando a obtenção da vaga para a Copa Sul-americana de 2008, caminho que se inicia nesta quinta-feira contra o já rebaixado América, em Natal.

Ainda no quesito "exemplos" cabe a nota de repúdio a Renato Gaúcho que ofendeu com gestos indescritíveis as torcidas de Paraná Clube e do Fluminense.

Ficha da partida

PARANÁ: Gabriel; Daniel Marques, Luiz Henrique e João Paulo; Vandinho, Adriano, Beto, Batista e Adriano Bahia; Jefferson (Róbson) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

FLUMINENSE: Fernando Henrique; Rafael (Jean), Luiz Alberto, Roger e Júnior César; Fabinho (Gabriel), Arouca, David (Soares) e Cícero; Alex Dias e Somália. Técnico: Renato Gaúcho.

Local: Durival de Britto e Silva, em Curitiba (PR).
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Assistentes: Marco Antônio Gomes (MG) e Alexandre Kleiniche (RS).
Cartões amarelos: Fabinho (F), Beto (P), Vandinho (P), Júnior César (F), Cícero (F) e Daniel Marques (P).
Gols: Somália, aos 10min, Jefferson, aos 25min e Batista, aos 40min do primeiro tempo; Vandinho, aos 11min do segundo tempo.