Paraná Clube 3 x 1 Fluminense
Paraná Clube e Fluminense se enfrentaram domindo passado na Vila Capanema Às 18h10. Entre as equipes, antes do apito inicial, estavam presentes os contrastes tanto das suas distâncias como das proximidades.
Ambos tricolores, o visitante vinha de quatro vitórias seguidas pelo placar de 2 a 0, estava a sete jogos sem perder e Fernando Henrique, seu arqueiro, poderia, caso não levasse gol, superar a marca de Félix mas, Renato Gaúcho, num rompante de estrelismo ou sob orientação do comando, chantageou a estrela do time, Thiago Neves (revelação paranista), colocando-o fora da partida por não ter o mesmo se decidido acerca da renovação com o tricolor carioca.
O mandante amargava a 18ª posição na nefasta zona do rebaixamento, vinha de derrota no clássico e precisava reencontrar o futebol que o levou a líder do certame, no início do mesmo.
Fora do campo o clima era de festa não apenas pelo bom público, que aproveitou a promoção de uma multinacional para lotar o Estádio Durival de Britto e Silva, mas pela festa que a torcida, em especial, a promovida pela Fúria Independente que, aniversariando deu um exemplo ao país, convidando a Young Flu para assistir ao seu lado a partida.
A imagem das torcidas de Paraná e Fluminense lado a lado antes do jogo, agitando as bandeiras era um bom presságio para o que ocorreria depois dentro das quatro linhas.
Com uma escalação inovadora e até surpreendente para os padrões do sempre defensivista Lori Sandri, o mandante entrou em campo com Jeff e Josiel, que nunca tinham atuado juntos oficialmente, com Batista no meio, com os alas avançando e com Vandinho, atacante, na ala direita, o que deixou muitos paranistas preocupados.
O temor dos mandantes passou quando a bola começu a rolar. Os mandantes dominaram desde o início. Adriano demonstrava insegurança e Vandinho nervosismo, deixando espaços na retaguarda pelo seu setor.
Mesmo assim, era jogo de uma só equipe tendo o Paraná perdido chances de abrir o placar desde o início nos pés de Josiel e depois, de Jeff.
Eis que então, num avanço despretencioso pelo seu setor esquerdo o Fluminense se aproveita da falha de marcação de Vandinho, da falta de cobertura de Adriano e, após triangulação, cruza para o que seria fácil defesa de Gabriel. Seria, se o jovem arqueiro paranista não tivesse falhado e largado a bola na cabeça de Somália. Fluminense 1 a 0, aos 10 minutos de jogo.
A "ducha de água fria" nos paranistas não acalmou impressionante e surpreendente ímpeto dos tricolores locais dentro de campo que seguiram dominando a partida. Pouco a pouco Vandinho foi assimilando a nova função e as responsabilidades defensivas inerentes e Adriano foi paulatinamente "entrando no jogo" olvidando-se das jogadas de efeito e das luzes dos holofotes. Dessa forma o Paraná seguiu mandando na Partida até que, aos 26 da primeira etapa, Jeff, após cobrança de escanteio, mandou a bola às redes do "invicto" Fernando Henrique.
A igualdade no placar da Vila Capanema não refletia o amplo domínio paranista. Dominando todas as ações ofensivas, com Batista se soltando, e Vandinho "dentro do jogo", o tricolor local jogava como no início da temporada, quando chegou, inclusive a ser líder do certame.
Eis que então Vandinho começou a brilhar cada vez mais; após três jogadas individuais sucessivas pelo setor direito, ele encarou o defensor e apenas "rolou" para Batista que soltou um "pombo sem asa" de canhota, que encontrou o ângulo superior direito de Fernando Henrique aos 41 minutos; assim, os mandantes foram para o intervalo em vantagem.
Veio a segunda etapa e o time local seguia dando as cartas. Vandinho, agora confiante, recebeu a bola no meio, pela intermediária, levantou a cabeça, pensou rápido e desferiu um potente chute; Fernando Henrique, atrapalhado, tentou a defesa mas falhou indescritivelmente. Peruzasso na Vila Capanema, o Paraná, aos 11 minutos da etapa final, vencia por 3 a 1 de virada.
A partir daí o técnico Lori Sandri, inexplicavelmente quis administrar o resultado. Assim, sacou Jeff, que segurava os zagueiros e abria espaços para Josiel, colocando Róbson, meia-atacante que fazia sua estréia na equipe.
Tal ato fez com que o Paraná desse a cancha para o Fluminense que passou a mandar, de forma estéril na partida. Apesar do domínio territorial do visitante nos minutos finais, por duas oportunidades, em contra-ataques, o time local esteve perto de ampliar o placar, o que não ocorreu graças à arbitragem que, como sempre, vem prejudicando a equipe curitibana.
Passado o tempo de jogo o placar de 3 a 1 demonstrou o que ocorreu nos primeiros sessenta minutos da partida. Nas arquibancadas, fora a festa, ficou provado para o país que futebol é confraternização e que as diferenças devem ser toleradas, administradas em nome de algo muito maior. As torcidas de Paraná Clube e Fluminense, que ficaram lado a lado por todo o embate, deram um exemplo sadio, inclusive àqueles que criticam as organizadas. Está aí o precedente, o primeiro passo para a conscientização.
Falando em exemplos, a esperança do torcedor paranista é a de que o técnico Lori Sandri, digne-se a manter o posicionamento e a orientação ofensiva para as próximas partidas, visando a obtenção da vaga para a Copa Sul-americana de 2008, caminho que se inicia nesta quinta-feira contra o já rebaixado América, em Natal.
Ainda no quesito "exemplos" cabe a nota de repúdio a Renato Gaúcho que ofendeu com gestos indescritíveis as torcidas de Paraná Clube e do Fluminense.
Ficha da partida
PARANÁ: Gabriel; Daniel Marques, Luiz Henrique e João Paulo; Vandinho, Adriano, Beto, Batista e Adriano Bahia; Jefferson (Róbson) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.
FLUMINENSE: Fernando Henrique; Rafael (Jean), Luiz Alberto, Roger e Júnior César; Fabinho (Gabriel), Arouca, David (Soares) e Cícero; Alex Dias e Somália. Técnico: Renato Gaúcho.
Local: Durival de Britto e Silva, em Curitiba (PR).
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Assistentes: Marco Antônio Gomes (MG) e Alexandre Kleiniche (RS).
Cartões amarelos: Fabinho (F), Beto (P), Vandinho (P), Júnior César (F), Cícero (F) e Daniel Marques (P).
Gols: Somália, aos 10min, Jefferson, aos 25min e Batista, aos 40min do primeiro tempo; Vandinho, aos 11min do segundo tempo.
Ambos tricolores, o visitante vinha de quatro vitórias seguidas pelo placar de 2 a 0, estava a sete jogos sem perder e Fernando Henrique, seu arqueiro, poderia, caso não levasse gol, superar a marca de Félix mas, Renato Gaúcho, num rompante de estrelismo ou sob orientação do comando, chantageou a estrela do time, Thiago Neves (revelação paranista), colocando-o fora da partida por não ter o mesmo se decidido acerca da renovação com o tricolor carioca.
O mandante amargava a 18ª posição na nefasta zona do rebaixamento, vinha de derrota no clássico e precisava reencontrar o futebol que o levou a líder do certame, no início do mesmo.
Fora do campo o clima era de festa não apenas pelo bom público, que aproveitou a promoção de uma multinacional para lotar o Estádio Durival de Britto e Silva, mas pela festa que a torcida, em especial, a promovida pela Fúria Independente que, aniversariando deu um exemplo ao país, convidando a Young Flu para assistir ao seu lado a partida.
A imagem das torcidas de Paraná e Fluminense lado a lado antes do jogo, agitando as bandeiras era um bom presságio para o que ocorreria depois dentro das quatro linhas.
Com uma escalação inovadora e até surpreendente para os padrões do sempre defensivista Lori Sandri, o mandante entrou em campo com Jeff e Josiel, que nunca tinham atuado juntos oficialmente, com Batista no meio, com os alas avançando e com Vandinho, atacante, na ala direita, o que deixou muitos paranistas preocupados.
O temor dos mandantes passou quando a bola começu a rolar. Os mandantes dominaram desde o início. Adriano demonstrava insegurança e Vandinho nervosismo, deixando espaços na retaguarda pelo seu setor.
Mesmo assim, era jogo de uma só equipe tendo o Paraná perdido chances de abrir o placar desde o início nos pés de Josiel e depois, de Jeff.
Eis que então, num avanço despretencioso pelo seu setor esquerdo o Fluminense se aproveita da falha de marcação de Vandinho, da falta de cobertura de Adriano e, após triangulação, cruza para o que seria fácil defesa de Gabriel. Seria, se o jovem arqueiro paranista não tivesse falhado e largado a bola na cabeça de Somália. Fluminense 1 a 0, aos 10 minutos de jogo.
A "ducha de água fria" nos paranistas não acalmou impressionante e surpreendente ímpeto dos tricolores locais dentro de campo que seguiram dominando a partida. Pouco a pouco Vandinho foi assimilando a nova função e as responsabilidades defensivas inerentes e Adriano foi paulatinamente "entrando no jogo" olvidando-se das jogadas de efeito e das luzes dos holofotes. Dessa forma o Paraná seguiu mandando na Partida até que, aos 26 da primeira etapa, Jeff, após cobrança de escanteio, mandou a bola às redes do "invicto" Fernando Henrique.
A igualdade no placar da Vila Capanema não refletia o amplo domínio paranista. Dominando todas as ações ofensivas, com Batista se soltando, e Vandinho "dentro do jogo", o tricolor local jogava como no início da temporada, quando chegou, inclusive a ser líder do certame.
Eis que então Vandinho começou a brilhar cada vez mais; após três jogadas individuais sucessivas pelo setor direito, ele encarou o defensor e apenas "rolou" para Batista que soltou um "pombo sem asa" de canhota, que encontrou o ângulo superior direito de Fernando Henrique aos 41 minutos; assim, os mandantes foram para o intervalo em vantagem.
Veio a segunda etapa e o time local seguia dando as cartas. Vandinho, agora confiante, recebeu a bola no meio, pela intermediária, levantou a cabeça, pensou rápido e desferiu um potente chute; Fernando Henrique, atrapalhado, tentou a defesa mas falhou indescritivelmente. Peruzasso na Vila Capanema, o Paraná, aos 11 minutos da etapa final, vencia por 3 a 1 de virada.
A partir daí o técnico Lori Sandri, inexplicavelmente quis administrar o resultado. Assim, sacou Jeff, que segurava os zagueiros e abria espaços para Josiel, colocando Róbson, meia-atacante que fazia sua estréia na equipe.
Tal ato fez com que o Paraná desse a cancha para o Fluminense que passou a mandar, de forma estéril na partida. Apesar do domínio territorial do visitante nos minutos finais, por duas oportunidades, em contra-ataques, o time local esteve perto de ampliar o placar, o que não ocorreu graças à arbitragem que, como sempre, vem prejudicando a equipe curitibana.
Passado o tempo de jogo o placar de 3 a 1 demonstrou o que ocorreu nos primeiros sessenta minutos da partida. Nas arquibancadas, fora a festa, ficou provado para o país que futebol é confraternização e que as diferenças devem ser toleradas, administradas em nome de algo muito maior. As torcidas de Paraná Clube e Fluminense, que ficaram lado a lado por todo o embate, deram um exemplo sadio, inclusive àqueles que criticam as organizadas. Está aí o precedente, o primeiro passo para a conscientização.
Falando em exemplos, a esperança do torcedor paranista é a de que o técnico Lori Sandri, digne-se a manter o posicionamento e a orientação ofensiva para as próximas partidas, visando a obtenção da vaga para a Copa Sul-americana de 2008, caminho que se inicia nesta quinta-feira contra o já rebaixado América, em Natal.
Ainda no quesito "exemplos" cabe a nota de repúdio a Renato Gaúcho que ofendeu com gestos indescritíveis as torcidas de Paraná Clube e do Fluminense.
Ficha da partida
PARANÁ: Gabriel; Daniel Marques, Luiz Henrique e João Paulo; Vandinho, Adriano, Beto, Batista e Adriano Bahia; Jefferson (Róbson) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.
FLUMINENSE: Fernando Henrique; Rafael (Jean), Luiz Alberto, Roger e Júnior César; Fabinho (Gabriel), Arouca, David (Soares) e Cícero; Alex Dias e Somália. Técnico: Renato Gaúcho.
Local: Durival de Britto e Silva, em Curitiba (PR).
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Assistentes: Marco Antônio Gomes (MG) e Alexandre Kleiniche (RS).
Cartões amarelos: Fabinho (F), Beto (P), Vandinho (P), Júnior César (F), Cícero (F) e Daniel Marques (P).
Gols: Somália, aos 10min, Jefferson, aos 25min e Batista, aos 40min do primeiro tempo; Vandinho, aos 11min do segundo tempo.
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