domingo, 30 de setembro de 2007

Paraná Clube x Fluminense

Ocupando a incômoda 18ª posição no campeonato brasileiro com 31 pontos, o Paraná Clube, enfrentará em casa, neste domingo às 18h10, o Fluminense, dono da segunda melhor defesa do certame que, a sete jogos não sabe o que é uma derrota, tendo uma sequência de quatro vitórias onde não sofreu gols, estando o time comandado pelo surpreendente Renato Gaúcho em 5º lugar com 43 pontos.

Quatro jogadores paranistas não poderão atuar na partida de domingo por terem tomado o terceiro cartão amarelo: Flávio, Nem, Neguette e Muçamba (este último que sofreu dois pelo Paraná e um pelo América de Natal); também por isso, Sandri, no último treino, armou o time com oito jogadores diferentes dos que vinham atuando, aproveitando a oportunidade para remodelar a equipe já visando a reta final do brasileirão.

No último treinamento Sandri apresentou a dupla de avantes que parece ter a melhor condição ofensiva do elenco com o garoto Jeff (agora Jéfferson) sendo referência de área e Josiel (o artilheiro do campeonato com 17 gols) atuando mais como segundo atacante.

O Paraná, que recorrentemente se utiliza do sistema 3-5-2, manterá, tal padrão, esperando a orientação de que os alas atuem como tais e não como laterais. Sandri deslocará Vandinho para a ala direita (posição onde teria o mesmo atuado noutras agremiações) e promoverá a estréia de adriano Bahia pela esquerda, pedindo a ambos que auxiliem os avantes e Batista, que irá para o jogo no lugar de Éverton, ficando Beto e Adriano atrás, encarregados de proteger a zaga, numa interessante opção tática, surpreendentemente "ousada" para os padrões de Sandri.

Na zaga João Paulo poderá aparecer como "homem de sobra"; no entanto, o defensor atuou pelo setor esquerdo em sua última partida e em 2006 foi muito bem pelo setor direito, o que poderá comprometer, inicialmente a adaptação do atleta à função. Ao seu lado provavelmente estarão Daniel Marques e o bom Luís Henrique.

Do lado dos visitantes Thiago Neves, apesar da "chantagem" de Renato Gaúcho, que ameaçou não relacioná-lo para a partida caso o mesmo não renovasse com a equipe, poderá apareçar entre os titulares. A atual revelação do campeonato, formado nas categorias de base do Paraná Clube, é sondado por vários clubes, dentre os quais Palmeiras e São Paulo, que, inclusive, teria oferecido salário mensal em torno de R$ 100.000,00.

Como curiosidade fica a constatação de que arqueiro Fernando Henrique não sofre gols a 413 minutos e que, das 19 partidas entre os tricolores, a igualdade é uma máxima que poderá pender hoje para um dos lados; afinal, dessas, cada agremiação venceu 7 vezes, tendo empatado outras 5; tendo o Paraná Clube vantagem de 8 gols no saldo por ter marcado 27 vezes contra 19 do oponente.


Ficha técnica

Local: Vila Capanema, Curitiba. Domingo, 18h10.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxs.: Marco Antônio Gomes (Fifa/MG) e Alexandre Kleiniche (RS).

Paraná: Gabriel; Daniel Marques, Luís Henrique e João Paulo; Vandinho, Adriano, Beto, Batista e Adriano Bahia; Josiel e Jefferson. Técnico: Lori Sandri.

Fluminense: Fernando Henrique; Rafael, Róger, Luiz Alberto e Júnior César; Fabinho, Arouca, David e Thiago Neves (Cícero); Somália e Alex Dias. Técnico: Renato Gaúcho.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

28ª Rodada e considerações sobre a semana

Brasileirão


Neste sábado, dia 29 de setembro, às 18h10, teremos três partidas abrindo a 28ª rodada: Flamengo x Atlético-MG (em jogo onde ambos podem "morrer abraçados") no Maracanã, Rio de Janeiro; Náutico-PE x Atlético-PR nos Aflitos, em Recife (em partida onde um empate deixará a ambos na mesma situação do palco da partida) e Corinthians x Sport no Pacaembu em São Paulo (partida que finaliza as "partidas do desespero" que abrem a 28ª rodada, onde Nelsinho Batista retorna como comandante do outrora "timão").
No domingo teremos, às 16hs Juventude x Grêmio no Alfredo Jaconi em Caxias Do Sul; Internacional x São Paulo no Beira-Rio, em Porto Alegre; Santos x Vasco na Vila Belmiro em Santos; Botafogo x Goiás no Maracanã, Rio de Janeiro e, às 18h10, as partidas entre Cruzeiro x Figueirense no Mineirão, em Belo Horizonte; Paraná Clube x Fluminense no Durival de Britto e Silva, em Curitiba; e América-RN x Palmeiras no Machadão em Natal.


Copa do Mundo (futebol feminino)

Cabe aqui o manifesto de satisfação sobre a brilhante atuação da seleção feminina brasileira que, de forma maiúscula superou a arrogância ianque, tendo superado a mesma por sonoros 4 a 0 com direito a uma verdadeira "pintura" de marta no quarto gol.
Há até quem tenha sugerido que a seleção nacional passe a usar uma estrela a mais na camisa caso a seleção feminina garanta seu primeiro título mundial.
Concordo e até acho louvável, no entanto, apenas deixo como sugestão que a mesma não seja em "cor-de-rosa" como ventilado, mas sim, em amarelo, dentro da "verde" central, o que, pessoalmente, entendo, fique mais agradável aos olhos.


Convocação de Dunga para o jogo válido pelas eliminatórias

Dunga e sua peculiar alegria deram o ar da graça na convocação para as partidas que iniciarão a campanha brasileira de 2010. Na entrevista, com um sorriso forçado, o ex-herói brasileiro falou de Marta, da seleção feminina e da eventualidade da camisa canarinho ter uma estrela rosa.
Veja a convocação de quem nada sofreu para ser treinador nacional e que diz que Pato, para ir à canarinho tem que "sofrer" muito ainda:

Goleiros: Doni (Roma-ITA) e Júlio César (Inter de Milão-ITA).

Defensores: Maicon (Inter de Milão-ITA), Daniel Alves (Sevilla-ESP), Gilberto (Hertha Berlim-ALE), Kléber (Santos), Lúcio (Bayern de Munique-ALE), Juan (Roma-ITA), Alex (Chelsea-ING) e Alex Silva (São Paulo).

Meias: Gilberto Silva (Arsenal-ING), Mineiro (Hertha Berlim-ALE), Josué (Wolfsburg-ALE), Fernando (Bordeaux-FRA), Elano (Manchester City-ING), Júlio Baptista (Real Madrid-ESP), Diego (Werder Bremen-ALE), Kaká (Milan-ITA) e Ronaldinho Gaúcho (Barcelona-ESP).

Avantes: Robinho (Real Madrid-ESP), Vágner Love (CSKA-RUS) e Afonso (Heereveen-HOL).

Alguém saberia justificar a convocação de Fernando, Alex Silva, Vágner Love, Josué e Elano? (Deixe seu comentário.)


Copa Sul-americana

Após ter vencido o River Plate no engenhão pelo placar mínimo, o Botafogo foi à Buenos Aires para a partida de volta, abriu o placar, sofreu o empate, fez mais um, tinha superioridade numérica em campo mas mesmo assim não conseguiu segurar um limitadíssimo River, que virou e com o placar de 4 a 2, segue vivo na competição.

Vasco, que venceu o Lanús por 3 a 0 e São Paulo, que superou o Boca Jr. no Morumbi pelo placar mínimo, ainda não conhecem seus adversários da próxima fase.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Onde está o veneno?

Tenho um amigo que sempre diz que “o que mata não é a picada, mas sim o veneno”, numa alusão de que o “mal” não está necessariamente em determinado fato mas na forma como cada um, individualmente o assimila.

O futebol sempre foi uma excelente fonte de exemplos para que possamos tratar de questões não apenas sociais, mas também políticas e humanas, sendo um meio de possibilitar aos menos afortunados a criação de um caráter crítico, através do qual venham a questionar uma eventual tolerância, permissividade ou até mesmo apatia no seu costumeiro proceder.

Isso tanto é verdade que, atualmente, os programas esportivos destinam cada vez mais do seu tempo para a discussão sobre parcerias, negociatas, “lavagem” de dinheiro, e até mesmo para que se externe a indignação social do que em, efetivamente tratar do futebol, dos atletas e dos gols.

Em tela atualmente está a situação do Corinthians, uma das agremiações de maior torcida no país. Os programas paulistas dedicam, no mínimo, um de seus blocos para tratar dos desmandos feitos, dos procedimentos indevidos que oneraram a entidade e que lhe deram, pelo volumoso investimento à época, um campeonato nacional. Hoje o “timão” paga com juros maiores até do que os ilegalmente cobrados pelas instituições financeiras oficiais, tendo a parceria com a MSI gerado reflexos como a dilapidação de patrimônio da entidade e o “sucateamento” do elenco, lutando o time para não sucumbir a um possível rebaixamento.

Cada vez mais os noticiários esportivos estão parecidos com programas policiais. E a “farra” não pára, infelizmente. Em Brasília (cidade onde um Senador reconhecidamente culpado pela sociedade por uma série de atos questionáveis, fora recentemente inocentado através do “voto secreto” de seus pares, num claro corporativismo patrocinado por grupos políticos) atual alguns políticos e “lobistas” que representam a “bancada da bola”, pessoas que permitem, por exemplo, a existência da “timemania”, que é essencialmente uma loteria com cem “escudos” de times nacionais no lugar dos números de 1 a 100, cujo faturamento reverterá para a quitação de pendência de valores das entidades desportivas para com a União Federal.

As entidades esportivas, famosas pelos atos escusos nelas praticadas, receberam, após ter deliberadamente nada pago por anos à União, uma benesse do Poder Público, perdoando a reiterada e recorrente sonegação das mesmas. Já, um pequeno empresário “empregador”, pela instabilidade do mercado se vê prejudicado no pagamento de taxas e tributos, não consegue renegociar sua dívida.

Qual o critério dos governantes sobre tudo isso? Qual o critério do povo para evitar que isso siga ocorrendo? O brasileiro mediano apenas se lembra de sua condição patriota de quatro em quatro anos e não nas eleições, onde deveria evitar votar naqueles que seguidamente praticam atos questionáveis, mas apenas na época da Copa do Mundo. Enquanto isso o brasileiro que se considera responsável e consciente, segue com a conduta tipicamente “blasè”, arrogantemente evitando manifestar-se sobre tais fatos.

Escrevi até aqui e nada de futebol falei ainda! No entanto, falamos de bastidores, da política, de “lobistas”, e do pouco caso que nossa sociedade faz com tudo isso.

Recentemente o jogador cruzeirense Kérlon, o “foca”, moleque ainda, após seu time ter dado a “volta por cima” sobre o Atlético Mineiro, no clássico local, levanta a bola e, com a cabeça a leva em direção à área, fazendo uma jogada efetiva e não uma simples alegoria, até ser violentamente atingido pelo lateral Coelho que justificou dizendo que aquilo se tratava de “deboche” de desrespeito, ato covarde endossado, inclusive, por seu técnico, Émerson Leão.

Como podemos falar puramente de futebol enquanto não conseguimos acabar com tudo o de errado há em volta dele?

Garrincha embasbacava multidões com seus dribles desconcertantes! Muitos diziam que os mesmos eram "humilhantes" e ele, não somente era aplaudido por isso mas reconhecido, querido e idolatrado até hoje.

Atualmente o futebol reflete, dentro de campo, o melindre da sociedade. O mundo hoje é dos hipócritas politicamente corretos que, exigem a supressão não apenas do futebol mas do convívio social, de considerações ácidas, engraçadas, espirituosas. Essa corja de recalcados busca disseminar uma sociedade cinza, sem emoções, sem personalidade, onde todos pensem igual e que, resignados, aceitem a apatia como máxima.

O que será do futebol quando continuar sendo “proibido” o drible? Como podem os treinadores demover jovens talentos de externar sua qualidade, buscando uma seriedade, uma coerência cujas entidades desportivas não tem a moral de impor? E mesmo que tivessem, como proibir o “ato humano”, o imprevisível, a magia do futebol de existir?

O lance do Kérlon representa a rebeldia contra o que existe e comprova a falta de recursos dos atuais jogadores brasileiros que, incapazes de fazer uma marcação eficaz, recorrem à violência para “matar a jogada”, muitas vezes, sob orientação e ordem dos próprios treinadores.

No caso Kérlon, o “veneno” não está no drible, mas sim na indignação do defensor em ser incapaz de parar essa determinada jogada. Por isso, usa a violência e se justifica indevidamente alegando uma “honra” que não demonstrou quando do fato.

No caso da “timemania”, o “veneno” está na incapacidade e permissividade do Estado em cobrar daqueles que sonegaram tributos e taxas por anos a fio, premiando os mesmos com um benefício que não concedem, como disse, a pequenos empresários endividados. Muitos defensores dessa loteria olvidam-se que antes disso, essas mesmas agremiações tiveram vários benefícios, não aproveitados pelas entidades desportivas que seguiam não cumprindo com suas obrigações, sendo, o dinheiro destinado a outros fins, muitas vezes nada nobres.

E o torcedor não percebe ainda que a maior parte do valor recolhido será destinada aos “grandes times de outrora”, alguns deles, hoje penando para seguir na elite do futebol nacional, como Corinthians e Flamengo, por exemplo.

E no que tange à sociedade, onde estaria o “veneno”? Estaria na crença de que nada pode fazer para modificar o sistema, na certeza de que as coisas seguirão como estão face os interesses de grupos e entidades economicamente influentes, ou na simples apatia já institucionalizada?

O que mata é a resignação, é a inércia; é a descrença em tudo, no próximo, e pior, em si mesmo. Agimos como párias sob uma bandeira em território administrado por déspotas anarquistas e onipotentes, certos de sua impunidade.

Que o “efeito Kérlon” tome conta de todos, eleve os espíritos de muitos para que reflitam sobre o que ocorre e se não vale a pena buscar o diferente, o algo mais. Que assim, driblemos nossos medos, nossa apatia, nossa resignação e busquemos exigir de quem de direito faça o que deve ser feito, e também que sejam transparentes, que fiscalizem “abertamente” os demais, até que a publicidade de atos e procedimentos seja a máxima, o padrão adotado.

O antídoto se faz do veneno. Um Estado desorganizado é o reflexo de uma sociedade idem. No mundo do futebol o que vemos é a conseqüência de anos de práticas que jamais ocorreriam na esfera empresaria. O veneno está aí, todos os dias e, embora nos corroa por dentro, nada fazemos buscando o antídoto, preferimos a resignação, o “nada-fazer”, o “deixar como está”, a simplesmente nos organizarmos e buscar que as coisas sejam feitas como deveriam.

Quem sabe um dia, após afastarmos tudo o que de podre existe na sociedade, possamos a exigir do mundo do futebol a mesma transparência, e assim, apenas tratar do tema de forma técnica, tática, ou mesmo lúdica.

O antídoto para os males que nos acometem está em cada um de nós.

Atlético (PR) 2 x 1 Paraná Clube

Desesperados... assim os representantes paranaenses da série “A”, entraram em campo domingo passado na Baixada.


O Atlético baixou o valor dos ingressos, esperando que o seu torcedor retornasse à Arena, ato que deu resultado, afinal, aproximadamente 26.000 pessoas lá estavam para ver o clássico paranaense válido pelo segundo turno do campeonato nacional.

Em campo o que se viu foi o mandante tomando para si a responsabilidade ofensiva da partida nos 10 minutos iniciais, tendo o visitante, adotado clara postura defensiva, demonstrando que aparentemente limitar-se-ia aos contra-ataques, e a esperar por alguma eventualidade numa "bola parada".

Após o nervosismo inicial, o tricolor coletivamente equilibrou o jogo até que, aos 21 minutos do primeiro tempo, Neguette, após chute de Marcelo Ramos, desviou a bola para as próprias redes. Dois minutos depois, o mesmo defensor com um “peixinho” empatou a partida após levantamento de Éverton.

Neguette, um dos personagens da partida, imaginou ter se redimido da falha inicial e, aparentemente seguro, tentou, em vão, driblar Ferreira em saída de bola pelo setor direito ao invés de "quebrar a bola" ou colocá-la para alinha lateral. Não conseguido o intento, perdeu a bola para o colombiano David Ferreira, que passou “com açúcar” para Marcelo Ramos, que, sozinho dentro da área deu números finais à partida.

O resultado adverso em jogo "nervoso" foi creditado a Neguette (pelos motivos explicados), a Josiel (que perdeu gol claríssimo, tendo “isolado” uma bola quando estava sozinho na pequena área, no melhor estilo Joélson) e ao sempre questionado Simon, que inexplicavelmente se furtou de marcar flagrante penalidade sofrida por Éverton.

Outro não perdoado por muitos paranistas é o treinador Lori Sandri, por ter escalado uma equipe que claramente não objetivava a vitória, tendo sido, inclusive, questionado pelas alterações realizadas.

Passada a régua, o Atlético (que enfrentará um surpreendente Náutico em Recife no próximo sábado) com a vitória saiu do “G-4 do mal” e passou a ocupar o 11º lugar com 35 pontos.

O Paraná Clube (que acendeu a luz vermelha, tendo perdido uma posição, ocupando agora o 18º lugar com os mesmos 31 pontos) buscará com todas suas forças fazer uma bela partida contra o Fluminense, hoje quinto colocado, na Vila Capanema no próximo domingo.


Ficha técnica da partida

ATLÉTICO-PR:
Viáfara; Rodolpho, Antônio Carlos (Erandir) e Rogério Corrêa; Jancarlos, Valencia (Alan Bahia), Claiton, Netinho e Piauí; Ferreira e Marcelo Ramos. Técnico: Ney Franco.

PARANÁ: Flávio; Luiz Henrique, Nem (Batista) e Neguette; Araújo (Vandinho), Rafael Muçamba, Everton e Paulo Rodrigues; Lima (Vinicius Pacheco) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

Local: estádio Arena da Baixada, em Curitiba (PR).
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS).
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto (SP) e Claudemir Maffessoni (SC).
Cartões amarelos: Rafael Muçamba (P), Flavio (P), Netinho (A), Neguette (P), Marcelo Ramos (A), Nem (P).
Gols: Marcelo Ramos, aos 21min e aos 32min, Neguette, aos 23min do primeiro tempo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

27ª rodada

Com muitos "clássicos" estaduais, e "confrontos diretos" tanto na parte de cima como na de baixo da tabela, a 27ª rodada do Campeonato Brasileiro promete ser repleta de emoções, sendo também esperança de que muitas agremiações voltem a praticar seu melhor futebol.

Neste sábado, dia 22 de setembro, ocorrerão três partidas, todas às 18h10. O Goiás, em franca queda, receberá o praticamente rebaixado América (RN) no Serra Dourada, em Goiânia; o São Paulo tentará não atuar como na partida contra o "Boca" e enfrentará, em seus domínios, o cambaleante Figueirense; e o valente Grêmio abrirá as portas do Olímpico para o Santos, uma das incógnitas do campeonato, em questionável fase de Wanderlei Luxemburgo.

Neste domingo, dia 23 de setembro, às 16h, o Morumbi abrirá as portas para um dos maiores clássicos nacionais, o Palmeiras, que alguns ainda olham com certa descrença, enfrentará o Corinthians, abalado por fatores extra-campo. No mesmo horário o Juventude, em situação difícil, abrirá as portas do Alfredo Jaconi para enfrentar o Flamengo que também não anda nada bem das pernas. Ainda nesse horário teremos o confronto entre o Atlético-MG (em situação delicada) e o Internacional, que ainda não terá como dupla de ataque a NIlmar e Fernandão, no Mineirão em Belo Horizonte; e o clássico pernambucano entre Náutico (que busca sair da degola) e Sport (que visa a Sul-americana), nos "Aflitos", em Recife.

Finalizando a rodada, às 18h10 ocorrerão as três particas. Além do confronto em São Januário onde o Vasco enfrentará o Cruzeiro em jogo importante para a parte de cima da tabela, teremos dois clássicos; Botafogo e Fluminense no Maracanã , Rio de Janeiro, partida onde não apenas os pontos estão em disputa mas o "sarro" de segunda-feira; e o "duelo de desesperados" entre Atlético (PR) e Paraná Clube na Arena da Baixada, em Curitiba, fundamental para as pretensões de ambas agremiações no certame.

Que seja um final de semana de paz nos estádios... e se o bom futebol puder aparecer, agradecemos...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Sport 3 x 1 Paraná Clube

Dois times em situação muito parecidas se enfrentaram neste domingo pelo campeonato brasileiro de Futebol. A proximidade entre ambos era tanta que o Paraná Clube, visitante, caso vencesse, superaria o rubro-negro pernambucano na classificação.

O discurso das duas comissões técnicas era o da "busca pela vitória"; no entanto, para que a mesma ocorresse, esta deveria ter sido buscada por ambas, o que não ocorreu.

O Sport (que usualmente atua no 3-5-2, formação preferida por seu treinador Geninho) face a desfalque no setor defensivo e por necessitar dos três pontos, assumiu um 4-4-2 que, se por um lado fragilizava o primeiro combate, por outro, permitia a ligação rápida com os atacantes.

Do lado curitibano Lori Sandri já na escalação condenou o time a não vencer. Sem poder contar com Josiel, o artilheiro do certame, Sandri, temeroso pela derrota, "armou" sua equipe para atuar num 3-6-1 (que na verdade era um 3-7-0, uma vez que Lima é um ponta-de-lança e, embora ofensivo, tem como característa pessoal a criação de espaços para que um "matador" os aproveite), sem ter escalado dentre os onze iniciais alguém incumbico de finalizar.

A diferença de postura dos treinadores foi determinante para o resultado da Partida. Sandri, a exemplo de Geninho, tinha dois dos seus três defensores titulares no departamento médico (Nem e Luís Henrique), mas, mesmo assim, e precisando da vitória, preferiu compor sua zaga com dois suplentes, promovendo o retorno do volante e capitão Beto ao time, abdicando da ofensividade.

Quem esperava (pela situação das equipes) um jogo franco, viu-se frustrado pela postura adotada pelo Paraná Clube, ainda mais com o gol contra tricolor, resultante de bola alçada na área (anotado para Romerito), precocemente levado aos 2 minutos da etapa inicial.

O gol não abalou o ânimo paranista mas, no entanto, sepultou já de início o que Sandri havia "planejado". A escalação adotada demonstrava que o time de Curitiba tinha ido para se defender e esperar que, numa bola parada, "algo acontecesse", o que defato ocorreu, para o outro lado.

Com o placar em desvantagem, o Paraná Clube tardou menos de quinze minutos para assumir o controle territorial da faixa entre as intermediárias, no entanto, sem um avante na área, as jogadas ofensivas tricolores resumiam-se a toques laterais que atravessavam a área, sem que nenhum jogador ficasse dentro da mesma. Assim, o Paraná limitava-se a chutar de longe sem ter nenhum jogador que pudesse, ao menos, aproveitar um rebote.

Se o controle entre as intermediárias era paranista, dentro das duas áreas a supremacia era rubro-negra. Sem um avante que "incomodasse" dentro da área, os defensores pernambucanos não eram pressionados e, do outro lado, com dois atacantes perigosos (para o atual nível do futebol nacional), o Sport aproveitava os espaços dados pelo oponente, em tarde não muito feliz, individualmente dos defensores do time de Curitiba, que sequer ficava com a "segunda bola" tanto ofensiva como defensivamente.

Assim, o que se via era o Paraná com a posse de bola mas, como não conseguia finalizar pela falta de referência na frente, insistente e recorrentemente perdia a mesma e, como avançava desordenadamente com cinco dos homens de meio campo em linha (e, também pelos espaços deixados nas irresponsáveis "aventuras" ofensivas de Daniel Marques), sofria os contra-ataques. Num desses, aos 41minutos do primeiro tempo o atacante Da Silva ampliou a vantagem para os mandantes.

Embora a opção tática de Sandri tenha caído por terra aos dois minutos de partida, o mesmo preferiu não alterar a equipe até o intervalo; no entanto, nessa oportunidade, sua equipe já perdia por dois tentos a zero. Vendo que nada mais tinha a afazer, o técnico paranista modificou o esquema de jogo de sua equipe, sacando o "homem de sobra" Toninho, colocando Vinícius Pacheco, jogador com características similares às de Lima, não sendo tampouco uma referência de área.

Mesmo assim, com Lima abrindo espaços, Vina Pacheco investia nas diagonais e, carregando a bola, criou algumas boas oportunidades, não convertidas, exatamente pela falta de um artilheiro.

De forma estéril, Pacheco assumiu a ofensividade paranista até o momento em que Lima, prejudicado pela opção de jogo do treinador, foi substituído por Jéfferson, "prata da casa" com muito potencial, mas que precisa de pouco polimento, alguma orientação e ritmo de jogo.

Como o futebol premia a inteligêngia e objetividade, Jeff, no seu primeiro toque na bola, mandou a mesma à rede adversária após escanteio cobrado por Araújo aos 31min da etapa complementar.

Apenas faz gol quem cria condições para tal. Se a tática está direcionada para a criação de jogadas, deve haver a previsão coerente de que alguém deve ser o encarregado de concluir as mesmas. Um homem de área, uma referência no ataque não apenas "segura" os defensores como permite a movimentação de todo o sistema ofensivo. O gol de Jeff foi a prova cabal ao comandante paranista de como se deve armar uma equipe. Estava aí a confirmação de que o Paraná estava refém de um sistema medroso, covarde, que buscava a não-derrota, não importando isso necessariamente na busca pela vitória.

No segundo lance de Jeff, o mesmo deu uma "caneta" no defensor pernambucano dentro da área e rolou para a esquerda visando o arremate, posteriormente desperdiçado. Provado estava que o futebol se joga para a frente, ainda mais num campeonato de "pontos não perdidos".

No entanto, essa melhora dos visitantes fez com que seus volantes, por vontade própria, subissem e deixassem de efetuar as coberturas como deveriam. Os espaços deixados ao Sport gratuitamente após a entrada de Jeff eram resultado da falta de comprometimento de Beto, Muçamba e Daniel Marques.

Aproveitando esses deslizes individuais (e não decorrentes da alteração tática) o Sport deu números finais à partida aos 40min com Carlinhos Bala completando passe de Luisinho Netto. Bala, após o gol, saiu cantando, nada humildemente o "parabéns para mim!"

Jogo finalizado, Geninho deve ter aprendido que a melhor defesa é o ataque e que este apenas se faz com avantes. O Sport tem hoje 36 pontos na classificação e o Paraná voltou para a zona do rebaixamento, estando na 17ª posição com 31 pontos.

Na próxima rodada as duas equipes disputarão clássicos locais; o Sport enfrentará o Náutico, no domingo, às 16h, no estádio dos Aflitos e, nesse mesmo dia, o Paraná visitará o Atlético local às 18h10, em jogo onde o torcedor paranista espera reeditar a vitória do último confronto na Arena; para isso, Sandri precisa assimilar que a vitória resulta de gols, feitos por atacantes e que a melhor defesa é o ataque.


FICHA DO JOGO

SPORT:
Magrão, Luisinho Netto, César, Durval e Dutra; Ticão, Everton, Romerito (Júnior Maranhão) e Rosembrick (Adriano Gabiru); Carlinhos Bala e Da Silva (Jadilson). Técnico: Geninho.

PARANÁ: Gabriel, Daniel Marques, João Paulo e Toninho (Vinícius Pacheco); Araújo, Beto, Rafael Muçamba, Batista (Giulliano), Everton e Paulo Rodrigues; Lima (Jefferson). Técnico: Lori Sandri.

Local: estádio Ilha do Retiro, em Recife (PE).
Árbitro: Emerson Batista da Silva (PB).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (FIFA-RN) e Fabricio Vilarinho da Silva (GO).
Cartões amarelos: Araújo (P), Luisinho Netto (S), Beto (P), Daniel Marques (P) e Jadilson (S).
Gols: Romerito, aos 2min, e Da Silva, aos 41min do primeiro tempo; Jefferson, aos 31min, e Carlinhos Bala, aos 40min do segundo tempo.

domingo, 16 de setembro de 2007

Apesar da derrota, ontem se viu o que é torcida...


Caros amigos do blog,


Após um longo tempo sem escrever, vou fazer um post depois de uma derrota.

Uma derrota muito feia e triste para o time do santos, que realmente não jogou nada, inclusive tendo jogadores com atuações ridiculas, e sem vontade, contra um são paulo bem mais atuante.

Petckovit & cia deveriam tomar vergonha na cara.


Por outro lado, apesar de eu ser santista, tentando tomar um partido isento a respeito do assunto torcida percebi a diferença de comportamento.


Embora o São Paulo tivesse uns 200 apoiando o jogo todo, a grande maioria da torcida são paulina se mostrou totalmente modinha e parada.


Onde eu assisti o jogo, nas cativas, o que mais se via com o placar sp 2x0 era jogadores xingados por 1 passe errado.


Por outro lado, a torcida santista continuava a apoiar o time, e abriu ontem no morumbi o maior bandeirão do brasil.


O clássico de maneira geral teve poucas brigas com um ótimo trabalho da pm...


Link de um video da torcida do santos, mostrando bem o bandeirão: http://santosfctv.blogspot.com/2007/09/torcida-jovem-do-santos-estia-o-novo.html

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Paraná Clube 1 x 0 Corinthians

Uma rodada. Uma longa e preocupante rodada. O Paraná Clube, time que já liderou o campeonato, que passou mais de dez rodadas no "G-4", que tem o artilheiro da competição, Josiel, hoje com dezessete gols (mesma marca com a qual Souza sagrou-se artilheiro em 2006), com a vitória de domingo frente o Corinthians, saiu da "zona do rebaixamento" e está a apenas dois pontos da zona de classificação à Copa Sul-americana de 2008.

A partida de ontem também pôs fim a um tabu. Há seis anos o tricolor paranaense não superava o rival paulistano. Além disso, com o gol feito na partida de ontem, Josiel assumiu a primeira posição na "bola de ouro" da revista placar, troféu dado ao artilheiro do país durante uma determinada temporada.


A partida

Ambas equipes precisavam provar que não estão no Brasileirão apenas para serem coadjuvantes. Essa foi a tônica do pré-jogo, afinal, o time paulistano precisava vencer e manter uma sequência de vitórias e, o time de curitiba necessitava vencer para sair da "zona da degola" e ainda, para apagar a má impressão das duas últimas atuações, onde sofreu dez gols.

Nervosos, os visitantes erraram muito no início. Os mandantes não se fizeram de rogados e, surpreendemente, assumiram o controle da partida. Nilton, recente "destaque" cortinthiano, e Arce, não atuaram pelo "timão", fato que resultou na entrada de Marinho, sem ritmo de jogo, e de Lulinha, mais recuado para armar as jogadas, ficando apenas Finazzi, no comando do ataque. Tal padrão de jogo resultou do domínio dos três defensores paranistas sobre Finazzi e no desencontro da zaga paulistana, que, saía correndo atrás do maior "criador de espaços" da partida, o avante Lima, que retornou ao time paranista.

Além de Lima, o Paraná ainda contava com outros "estranhos". Pela ala direita o garoto Araújo muito bem se apresentou substituindo a Léo Matos. O meio era composto por Mussamba e Batista, uma grata surpresa essa dupla, comprovando que Beto e Adriano não têm lugar entre os onze iniciais. Na zaga, Toninho "marvadeza" e João Paulo estiveram bem, muito pela falta de articulação corinthiana, que não fazia com que a bola chegasse a Finazzi.

Assim, com um controle territorial mas pouco efetivo, o Paraná se adaptava ao novo padrão de jogo, mais coerente, com os três defensores jogando distantes um do outro (o que ajudava nas saídas de bola), com Batista fazendo eficazmente a cobertura, saindo com qualidade quando de posse da bola, com Mussamba bem nas bolas aéreas, com (finalmente) os alas apoiando, saindo pro jogo, como dois armadores pelos flancos, e com os espaços bem criados por Lima.

Aos poucos o Paraná Clube foi assimilando a disposição do elenco na partida e, com "gana", foi atrás do placar. Aos 24 minutos da etapa inicial, após triangulação pelo setor esquerdo, Paulo Rodrigues (em outra bela apresentação), foi flagrantemente derrubado por Vampeta dentro da área. Pênalti marcado, cobrado por Josiel que, com direito à paradinha, fez seu 17º gol e se distancia como artilhiro do certame.

Vendo seu time ser dominado, o treinador corintiado colocou Clodoaldo na frente, após o intervalo, até porque Lulinha não conseguia jogar para a equipe, não chegando a bola em Finazzi, estando também Éverton Santos muito apagado.

Apesar das mudanças o Corinthians seguia errando passes (mais de 50 passes errados segundo o Datafolha) e não conseguia ter um padrão de jogo eficiente, não tendo aproveitado as poucas falhas paranistas.

Ao final, os mandantes apenas administraram a vantagem e saíram com a sensação de dever cumprido.


Ficha do jogo

PARANÁ CLUBE:
Gabriel; Daniel Marques, João Paulo e Toninho; Araújo, Rafael Muçamba, Batista, Everton (Juliano) e Paulo Rodrigues; Lima (Vandinho) e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

CORINTHIANS: Felipe; Zelão, Marinho (Clodoaldo) e Betão; Carlos Alberto (Moradei), Bruno Octávio, Vampeta, Lulinha (Bruno Bonfim) e Gustavo Nery; Everton Santos e Finazzi. Técnico: José Augusto.

Local: Vila Capanema, estádio Durival de Brito e Silva, Curitiba (PR).
Árbitro: Willian Marcelo Souza Nery (RJ).
Auxiliares: Marcos Tadeu Peniche (RJ) e Ezequiel Barbosa Alves (MS).
Cartão amarelo: Daniel Marques (P) .
Gol: Josiel, aos 25min do primeiro tempo.

domingo, 9 de setembro de 2007

Paraná x Corinthians

"Agora ou nunca!". O Paraná Clube, após a inexplicável derrota para o Náutico por 4 a 2 na Vila Capanema nesta última quinta-feira, busca, com todas suas forças, retomar o caminho que seguia no início da competição.

Nas primeiras rodadas do nacional o time de Curitiba chegou a ser líder, ter o melhor ataque e ficou várias rodadas no "G-4", grupo dos classificados à Copa Libertadores de 2008. Daquele início de competição, apenas Josiel segue no "topo de alguma tabela", mantendo-se ainda como artilheiro do campeonato.

Hoje na zona de rebaixamento, o Paraná Clube não contará, para a partida, com alguns de seus principais jogadores e ainda terá que assimilar a desconfiança de seus torcedores, irritados com a inexplicável insistência de seus treinadores em manter um padrão tático que não funciona há, ho mínimo, quinze rodadas.

Lori Sandri não terá à disposição, além dos defensores Lúis Henrique e Nem, o goleiro Flávio e o zagueiro Neguete, contundidos. Beto, que não consegue atuar convincentemente há mais de ano e meio, cumpre suspensão por sido expulso.

No momento que o tricolor paranaense mais precisa de conjunto, o mesmo terá cinco novidades ; Gabriel assume o posto de Flávio; Toninho (que alterna más com pífias atuações) provavelmente entre no Lugar de Neguette (que já ocupava o setor de Luís Henrique); na ala direita, o garoto Araújo assume a camisa 2 de Léo Matos, machucado e Batista deverá iniciar a partida no lugar do capitão Beto. Na frente, a coerência indica que Lima faça dupla com Josiel, formação com a qual o tricolor conseguiu, no início da temporada, marcar várias vezes.

Assim como os mandantes, os visitantes também terão dificuldades em selecionar os "onze iniciais", Zé Augusto, não poderá contar com o zagueiro Nilton (herói da partida contra o Santos), lesionado e com o avante boliviano Arce, suspenso, devendo ser estes, respectivamente substituídos por Marinho e Lulinha, atuando de forma mais recuada.

Tanto Paraná Clube como Corinthians precisam dos três pontos; o primeiro para sair da "zona da degola" e o segundo para continuar distanciando-se da mesma. O Corinthians, caso consiga atuar como na partida frente o Santos, tem tudo para levar três pontos à capital paulista, aliás, naquela opotunidade, o elenco deu uma prova, dentro de campo, que é possível (desde que com entrega e dedicação) que uma equipe limitada e tecnicamente inferior, possa superar outra de maior gabarito. O Paraná Clube deve tomar essa partida como exemplo e "comer grama" caso ainda tenha pretensões no certame, no entanto, com a insistência no inócuo "3-5-2" (que não funciona em jogadores com as propriedades dos que compõe o elenco paranista) o tricolor não deverá buscar a vitória mas sim a "não-derrota", opção covarde que condena ao insucesso o time de Curitiba antes mesmo da bola começar a rolar.


Paraná Clúbe x Corinthians (9/9/2007 - 19:00 hs.)

Local: Estádio Durival Britto, em Curitiba.
Árbitro: Willian Marcelo Souza Nery (RJ).
Auxiliares: Marcos Tadeu Peniche Nunes (RJ) e Ezequiel Barbosa Alves (MS).

Paraná Clube: Gabriel, Daniel Marques, Toninho (Nem) e João Paulo; Araújo, Muçamba, Batista, Éverton e Paulo Rodrigues; Lima e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

Corinthians: Felipe; Zelão, Marinho e Betão; Carlos Alberto, Bruno Octávio, Vampeta, Lulinha e Gustavo Nery; Éverton Santos e Finazzi. Técnico: Zé Augusto.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A verdadeira batalha dos "Aflitos"

O ambiente da partida

Paraná Clube e Náutico entrarão em campo logo mais na Vila Capanema, às 20h30, em Curitiba, em jogo válido pela 24ª rodada do Brasileirão e, levarão para as quatro linhas não apenas o gosto do "tira teima" do embate do primeiro turno, que resultou num empate em 4 a 4 muito movimentado, mas também as "pendengas" recentes que levaram o time nordestino, há tempos na zona de rebaixamento a, amparado por profissionais ligados ao Alético do Paraná (outro time na berlinda), ingressar com denúncia em desfavor do time de Curitiba por uma suposta escalação irregular de Batista.


Entenda melhor a situação

A pendência entre o volante Batista e o time da ADAP é a base da queixa registrada pelo time do Náutico contra o Paraná Clube, por uma suposta irregularidade do meio-campista paranista em três partidas do certame. A situação toma outros ares quando se descobriu que, na data de 28 de agosto, o advogado Diogo Fadel Braz retirou os autos do processo da 17.ª Vara do Trabalho de Curitiba para copiar alguns documentos, tendo devolvido os mesmos no mesmo dia, de acordo com o teor do extrato de acompanhamento processual.

Um ato normal, procedimento corriqueiro mas, no entanto, dois dias depois do ocorrido, o time do Náutico apresentou formalmente queixa contra o Paraná Clube junto à procuradoria do STJD.

A situação toma outros ares quando se constata que Diogo Fadel Braz é 2.º vice-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético do Paraná, clube diretamente interessado por uma punição ao Paraná Clube não apenas pela rivalidade como também por estar ameaçado pelo rebaixamento.

Cabe aqui a constatação de que apenas os procuradores devidamente constituínos nos autos têm acesso aos mesmos, o extrato de "andamentos identifica o Dr. Luiz Antônio Teixeira como representante da ADAP; sendo o jogador Batista, cliente do Dr. Henrique Caron. Face o exposto, é óbvia a constatação de que ninguém, além dos mesmos ou, dos autorizados por esses, poderia tirar cópia dos autos.

Obviamente, não devemos ser levianos, cabe apenas aqui a transmissão de uma notícia veiculada na internet sobre o tema, inclusive porque o advogado em tela pode vir a ser confirmado como representante do Timbú na esfera desportiva.

No que tange ao caso em tela cabe a constatação de que existe uma liminar liberatória concedendo a Batista o direito de exerceu sua profissão e ainda, existe a devida liberação do atleta pela CBF, tendo ocorrido publicação no BID, logo, a confiança paranista é tamanha que o volante, inclusive, será hoje escalado.

O Flamengo, agindo como time grande e não como as agremiações mencionadas, publicou nota em soliedariedade ao Paraná, alentando para o bom relacionamento com essa entidade, informando que não teria interesse em se "associar" aos "inssurgentes".

Caso efetivamente a denúncia seja acatada, o Paraná Clube poderá responder ao art 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, sendo a pena prevista para a agremiação que se utilizar de atleta fora de condições, a perda do dobro do número de pontos válidos nas partidas pelo mesmo disputadas. Dessa forma, dezoito pontos seriam sacados do Paraná Clube, praticamente condenado à segundona pelo "tapetão".


Bastidores

O ambiente para o embate de logo mais será, como dissemos, "quente"; os visitantes certamente enfrentarão um clima de hostilidade na Vila Capanema. Como dito acima, a diretoria e o departamento jurídico demonstraram não haver motivos para preocupação, uma vez que não existe sequer denúncia apenas a queixa, acrescentando ainda que a liminar concedida não importa em óbice ou impedimento para a transferência do volante.

Em situação complicada na tabela, o Paraná, com um jogo a menos é hoje o 17° colocado com 28 pontos, sendo o primeiro da zona de rebaixamento, morada do Náutico há tempos, sendo este o vice-lanterna com 21 pontos.


As equipes para o confronto dos "aflitos"


O técnico Lori Sandri deverá escalar os hoje, laterais titulares, dessa forma, Paulo Rodrigues e Léo Matos voltam ao time. Na zaga, Toninho, o "homem de sobra" reserva de Nem, certamente será preterido face suas últimas desastrosas atuaçãoe, assim, o tricolor deverá assumir o 4-4-2, entrando exatamente Batista como terceiro volante, sendo que, ainda, Rafael Mussamba deverá retornar como volante no lugar de Adriano. Na frente, Vina Pacheco será o provável companheiro de Josiel, o artilheiro do certame.

Pelo lado dos visitantes, Roberto Fernandes faz mistério, não tendo ainda definido como irá compor seu time, não sabendo ainda se irá se utilizar de um ou dois volantes, havendo dúvida ainda no que tange a quem será o companheiro de Acosta no ataque, se Ferreira ou Marcelinho.


Ficha do jogo

PARANÁ: Flávio; Léo Matos, Daniel Marques, Neguette e Paulo Rodrigues; Adriano (Muçamba), Beto, Batista (Toninho) e Éverton; Vinícius Pacheco e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

NÁUTICO: Eduardo; Onildo, Toninho e Daniel Paulista; Sidny, Elicarlos, Marcelo Silva (Vágner Rosa), Geraldo e Júlio César; Acosta e Ferreira (Marcelinho). Técnico: Roberto Fernandes.

Árbitro: Giulliano Bozzano (DF).
Auxiliares: Marrubson Melo Freitas e Ediney Guerreiro Mascarenhas (ambos do DF).

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O momento atual do futebol nacional

Mais de cinco mil jogadores brasileiros estão atuando hoje fora do país. Só no ano passado, oitocentos e cinqüenta e um jogadores trocaram os campos brasileiros para tentar a vida no exterior.

É essa uma infeliz realidade que não ocorre apenas na esfera do futebol. Cada vez mais os brasileiros buscam em outros países melhores condições de vida, com garantias que aqui, não encontramos uma vez que nossa permissiva e apática sociedade não se digna a lutar.

Analisando puramente a questão futebolística, ao dividirmos o número de jogadores atuando fora do país (5000) pelo número médio de atletas que compõe um elenco (30); temos que cento e sessenta e seis times compostos por trinta jogadores brasileiros atuam fora. A primeira divisão nacional é disputada por vinte agremiações, logo, temos mais de OITO DIVISÕES completas de jogadores brasileiros atuando fora do Brasil.

A verdade acima tem conseqüências diretas. Os jogadores brasileiros cada vez mais cedo saem do país para clubes não apenas europeus, mas do oriente, América do Norte e Central, países árabes e até da África.

Jogadores “não-prontos”, sem o devido polimento, deixam seu país para ir atrás do sonho de ganhar a vida jogando futebol. A grande maioria, infelizmente, não vai para times que contam com estrutura para que melhor desenvolvam seu potencial. Em muitos desses centros as condições de treinamento são tão precárias como aqui e muitas vezes os atletas são orientados por profissionais sem qualidade, sem conhecimento. Essa “soma de fatores” condena algumas carreiras à mediocridade.

Além do reflexo na carreira desses jogadores, existem outros, facilmente constatados no dia-a-dia dos times de futebol.

Estamos testemunhando campeonatos onde o nível é cada vez mais baixo. Para que se constate tal fato, não se precisa ser treinador, basta acompanhar, com certa proximidade, o cotidiano de alguma agremiação. Os jogadores cada vez mais são despreparados; muitos deles, sequer dominam os fundamentos necessários às posições onde imaginam jogar, reflexo da forma como se “produzem” os novos jogadores.

Antigamente as agremiações tinham verdadeiras equipes que nela trabalhavam por anos. Antes os clubes eram “escolas”, alguns times eram conhecidos pelo seu “toque de bola”, outros, pela “noção defensiva”; atualmente, os jogadores não têm tempo de “colarem grau” e são precocemente vendidos. Quem determina hoje a “forma de jogo” de um time são os empresários.

O empresário é um profissional como todo outro; no entanto, muitas vezes é visto, injustamente, como o “vilão” da atual situação, face infelizes exemplos de alguns expoentes do meio que, mais preocupados com o ganho imediato, olvidam-se de que a contraprestação dos seus serviços enseja o acompanhamento do atleta, o compromisso no desenvolvimento físico, tático, técnico, pessoal e familiar do seu CLIENTE.

A errada concepção de alguns maus profissionais leva à que alguns pensem que o atleta é apenas um bem, um objeto de troca e não o CLIENTE do empresário.

Nem estamos aqui ainda questionando os maus dirigentes, quem, utilizando-se de agremiações como se suas fossem, mascaram relações laborais e transações financeiras, obtendo ganhos indevidos, e, em não atuando corretamente, comprometem as temporadas dos clubes que administram para outros, não para si.

O fato é que hoje, jogadores de oitava categoria (pela conta acima demonstrada) vestem camisas de clubes tradicionais; muitas vezes são jovens despreparados que recebem a responsabilidade de serem craques sem ainda terem se tornado jogadores profissionais ou simplesmente homens.

Mas o torcedor não se preocupa com isso; e critica garotos que, bem trabalhados, poderiam ter algum futuro.

Mas, quem hoje, a não ser investidores, investem nesses talentos? Como “investir”, deve ser entendido o ato de formar, de preparar, educar o jogador, dentro e fora do campo e não apenas, demonstrar como atuar para que o “DVD” fique convincente.

Os clubes hoje, sucateados, apenas administram “escolinhas”, optando por produtos de vitrine. Com isso, torna-se muito mais interessante optar por expor na vitrine produtos “semi-acabados” a formar, com os devidos encargos e responsabilidades, novos talentos.

O pior dessa triste realidade é que hoje, um empresário coerente, um verdadeiro profissional, não consegue competir em igualdade de condições com aqueles que oferecem outras facilidades; o mesmo ocorre com os dirigentes coerentes que investem nas categorias de base, que, pelos custos e obrigações laborais decorrentes; são tolhidos de melhor atuar.

Os reflexos das considerações acima são claros. Hoje, atuam, no país, jogadores de menor qualidade que outrora e, cada vez mais o poder econômico se faz presente, sendo um diferencial no futebol profissional.

Para comprovar a primeira consideração, pergunto: “qual seria a seleção do campeonato nacional?”

Nela teríamos alguns jogadores estrangeiros, isso, por si só, já demonstra alguns dos pontos questionados; no entanto, vamos limitar a pergunta apenas aos jogadores brasileiros que aqui atuam.

A seleção de uns contará com uma série de veteranos, alguns retornados de fora do país, outros terão dificuldade para definir jogadores em algumas posições; no entanto, alguns nomes de jogadores que estão constantemente em “idas-e-voltas” para fora ou mesmo no país, serão mencionados.

Temos, logo, no país, uma “seleção de párias”.

O outro aspecto pode muito bem ser comprovado pelo líder do campeonato. O São Paulo montou seu elenco com jogadores relativamente rodados e, mesmo tendo hoje boa vantagem em pontuação frente aos demais, não convence como time inesquecível de futebol.

Vivemos hoje um campeonato onde determinados times têm, relativamente, um elenco superior aos demais, não importando essa afirmação, em que, efetivamente seja esse um esquadrão.

Ou o elenco do São Paulo atual pode ser comparados ao Santos de Pelé, ao Flamengo de Zico, ao Palmeiras da Parmalat ou mesmo ao São Paulo do “bi-mundial?”

O São Paulo atual conta com jogadores improvisados que, face a carência de qualidade no certame nacional conseguem demonstrar uma inegável superioridade.

Ainda demonstrando que o futebol atual não é como o de outrora, deixou outra pergunta aos amigos: “qual jogador em atividade entraria no time de todos os tempos da agremiação que defende?”

Talvez apenas o Rogério Ceni no São Paulo seja lembrado. Nas demais agremiações, nenhum jogador em atividade seria, responsavelmente lembrado por algum torcedor.

E aqui vem a esperança. O Corinthians enfrentou o Santos na última rodada. Uma simples análise diz que o elenco do Santos é muito mais gabaritado e tem, ainda, o comando de um dos melhores técnicos brasileiros de todos os tempos. Mas, a contrário do previsto, com empenho, dedicação defensiva incondicional e inteligência quando de posse da bola, o Corinthians, comandado por um interino, superou a equipe da baixada santista num jogo perfeito onde cada atleta fez exatamente aquilo que deveria fazer, tendo jogado para o time e não para si.

Cada um sabe o que tem que fazer, seja no futebol, na sua profissão, na vida privada, e, quando apenas à isso se limita a atuação, o resultado é a obtenção da meta.

Acima comentei que bons profissionais padecem num meio poluído, contaminado, mas, com zelo, afinco e total entrega, quando os objetivos são recorrentemente buscados, os mesmos são atingidos.

A falta de qualidade no futebol nacional pode ser apenas uma fase, desde que, coerentemente sejam buscadas alternativas para que sejam, descobertos e mantidos aqui os novos talentos.

A organização e a atuação de forma clara e transparente pelas entidades ligadas ao esporte, federações e agremiações, acarretarão, fatalmente, no interesse de patrocinadores que, certamente, investirão no esporte e, os clubes, com esse capital, poderão investir responsavelmente nas categorias de base. Então, com transparência, serão efetuados contratos sem a utilização de artimanhas para menor recolhimento impositivo, motivo de muitos “rompimentos” de vínculo.

Obviamente que as medidas aqui elencadas não servirão para que consigamos manter aqui grandes astros do futebol internacional, mas poderão contribuir para que o campeonato brasileiro não perca craques e “potenciais” para mercados menos importante como o futebol do leste europeu, futebol árabe, coreano, japonês, etc...

Atuando os dirigentes apenas para representar suas respectivas agremiações, sem conflitos de interesses; os empresários visando o lucro decente, obtido na prestação de um serviço e não de mero agenciamento de atletas, teremos um meio menos comprometido, até porque, assim, não haverá quem tenha coragem, publicamente, de elogiar, por interesse, jogador que nada faz em campo.

Assim, cada um fazendo sua parte, como os garotos do Corinthians fizeram na rodada passada, poderemos ter a esperança de um futebol não apenas de melhor qualidade nas quatro linhas, mas também mais digno, de acordo com a tradição do futebol brasileiro.

Não sou corintiano, longe disso, mas essa é a prova de que no futebol, são "onze contra onze"; digo mais, a prova de que, quando as pessoas se dispõe a uma meta e, com afinco, entrega, dedicação, lutam por aquilo, o resultado positivo é inevitável.

Não entendo, portanto, como, identificados os problemas no nosso futebol, tardamos em corrigi-los, assim como não entendo que jogadores ditos “profissionais”, não atuem com dedicação na sua profissão.

Este “momento” infeliz não se limita apenas ao futebol nacional; o brasileiro está descrente com vários institutos... com a política, com a sociedade, e, como disse, com o próprio esporte bretão.

É hora de profissionalismo dentro e fora de campo. Hora de que façamos exatamente aquilo que sabemos, devemos fazer.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

São Paulo 6 x 0 Paraná Clube

Sábado passado o líder São Paulo enfrentou o Paraná Clube no Morumbi, naquele que prometia ser o duelo entre o artilheiro do campeonato e a melhor defesa da competição.

A vitória são-paulina era esperada por muitos, no entanto, o placar do aludido embate surpreendeu a vários "entendidos" de futebol por vários motivos.

O Placar final do jogo, de 6 a 0, foi a maior goleada no certame até agora e a maior imposta à equipe paranaense na sua história. Para a partida valeria a brincadeira do "três vira e seis acaba", no entanto, o placar demonstra não o que ocorreu efetivamente em campo (até porque a arbitragem equivocadamente não marcou duas penalidades para os mandantes na primeira etapa). Explico melhor... o São Paulo não fez nada de extraordinário, seus avantes estavam numa tarde de rara felicidade, tendo acertado chutes difíceis. Dos poucos chutes feitoa à meta de Flávio, seis entraram; três de longa distância e os demais sem qualquer marcação.

O São Paulo não jogou bem mas aproveitou todo o espaço que os paranistas, permissivamente, concederam.


O JOGO

A partida começou de forma interessante; ambor tricolores, bem postados, estudando o oponente. Os mandantes assumiram a iniciativa ofensiva e o visitante não parecia disposto a ceder os pontos facilmente... não parecia...

Após a correria inicial, no entanto, um problema recorrente paranista se fez presente, e aqui, para uma melhor noção do panorama, se fazem necessárias algumas considerações.

O Paraná Clube vem atuando no 3-5-2 desde a época de Pintado, ocorrendo o mesmo com Kleina. Com tal formação, o time de Curitiba saiu da liderança do certame para as últimas posições, visto que, assim, seus alas pouco rendem e, com o meio formado por Beto e Adriano, não existe proteção à zaga (desfalcada de Nem e Luís Henrique).

Normalmente, pessoas inteligentes e que querem corrigir suas falhas, aprendem com os próprios erros; tal máxima não ocorre nas bandas paranistas que, quando adotou o 4-4-2 nas últimas partidas, dominou os confrontos, tendo vencido o juventude e recuperado, por duas vezes o placar contra o Cruzeiro. As últimas atuações paranistas demonstram que Toninho e Alex não têm condições para atuar na primeira divisão, que Daniel Marques não atravessa uma fase boa e que Beto e Adriano juntos nada rendem, apenas deixam burados que podem ser inteligentemente explorados. Pessoas inteligentes sabem ainda que não se promove a estréia de um jogador sem condições físicas de jogo, fora de casa, contra o líder de campeonato. Apesar de todos esses "fatores", Sandri, embuído de "Kleina", foi pro jogo dessa forma e o resultado não poderia ser diferente daquele cujo risco, pretensa e quivocadamente assumira.

Voltando à partida, o São Paulo, pouco agredido, passou, a partir dos cinco minutos iniciais, a dominar a posse de bola. Num determinado lance, Toninho perde o equilíbrio em disputa com Aloísio e vergonhosamente cai na área, colocando a mão na bola. O "homem de preto" nada marcou e ainda deu falta inexistente do são-paulino sobre o defensor (?!) paranista.

A seguir, o mesmo Aloísio com um belo chute de longe de fora da área, superou facilmente Toninho e abriu o marcador aos 27min. Após o gol o Paraná deixou sua inicial orientação, "saiu" para o jogo, deixando espaços e viu o mandante ampliar com Dagoberto, aos 33min, após bela jogada, sem nenhuma marcação "em cima".

A ordem paranista parecia mesmo a de marcar à distância, sem comprometer o domínio de bola dos mandantes. Numa jogada pela direita, após lance duvidoso pela esquerda, Beto faz penalidade, novamente não marcada pela arbitragem.

Assim, com total permissividade de Adriano, Beto, Toninho, Élvis e Neguette (os mestres de cerimônia tricolores), Souza, numa jogada cuja passividade de marcação não seria tolerada nem nas "pelas de sábado", faz fila e, aos 37min, marcou com toque sutil na saída de Flávio.

Pane geral na equipe de Curitiba! Veio o intervalo e Sandri promoveu mudanças, que deveria ter feito quando na escalação incial, abandonando o 3-5-2, assumindo o 4-4-2, com três volantes.

Sandri preferiu não entender que o problema não residia apenas na saída de Toninho e Adriano. A opção inicial foi totalmente equivocada. Com Élvis, sem condições físicas na esquerda, com Alex e Daniel Marques mal e sem que a bola chegasse a Éverton, Josiel e Vandinho, o tricolor penas remendava algo que começou errado.

Batista ao menos dava combates. Vandinho, Josiel e Éverton, face à apatia dos alas e volantes, seguiam retornando atrás da intermediária para buscar jogo.

O São Paulo, que nada de extraordinário fazia, seguia aproveitando os reiterados e recorrentes vacilos paranistas que, pelo placar, já estavam sem ânimo para algo buscar na partida.

Assim os mandantes ampliaram após contra-ataque onde Souza, após um drible, deixou Dagoberto sem marcação para ampliar aos 17min.

Aos 22min, Aloísio, após dividida de corpo com Batista (que pela conjuntura atuou recuado) chutou forte, pelo lado direito da área, e fez seu segundo tento no jogo.

O Paraná Clube, de forma estéril e desesperada (tendo inexplicavelmente entrado Araújo - bom valor, volante e lateral direito - na ala esquerda), buscava atacar, ficando os são-paulinos restritos aos contra-ataques; assim, aos, 33 minutos da etapa final, Leandro marcou e deu números finais à goleada.

Ao final, Hugo, que recém entrara no lugar de Dagoberto, foi expulso por covardemente cuspir em Goiano pelas costas.


MAIS CONSIDERAÇÕES

Face a vitória, os líderes foram aos 50 pontos e os paranistas se encontram novamente "assombrados" pelo risco do rebaixamento, seguindo com 28 pontos, mas, face os seis gols sofridos, caem, pelo critério de "saldo de gols" para o 15° lugar.

O jogo será lembrado por ambas agremiações pelo aspecto histórico. Os são-paulinos lembrarão que Rogério Ceni bateu o recorde de 695 minutos sem sofrer gol em nacionais, superando a marca de Waldir Peres e os paranistas recordarão da maior goleada sofrida por sua equipe em dezessete anos de existência.

O São Paulo jogará na próxima quarta-feira, às 21h45, contra o Atlético-MG no Mineirão e, na quinta-feira, às 20h30, o Paraná Clube receberá, na Vila Capanema, o Náutico.


FICHA DO JOGO:

SÃO PAULO:
Rogério Ceni; Breno, André Dias e Miranda (Júnior); Souza, Hernanes, Richarlyson, Leandro e Jorge Wagner; Dagoberto (Hugo) e Aloísio (Borges). Técnico: Muricy Ramalho.

PARANÁ: Flávio; Daniel Marques, Toninho (Goiano) e Neguette; Alex, Beto, Adriano (Batista), Everton e Élvis; Vandinho e Josiel. Técnico: Lori Sandri.

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
Árbitro: Elmo Alves Resende (GO).
Auxiliares: Aristeu Tavares (Fifa-RJ) e Guilherme Dias Camilo (MG).
Gols: Aloísio (S), aos 27min, Dagoberto (S), aos 33min, Souza (S), aos 37min do primeiro tempo; Dagoberto (S), aos 17min, Aloísio (S), aos 22min, Leandro (S), aos 33min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Élvis (P), Adriano (P), Neguette (P).
Cartão vermelho: Hugo (S).

sábado, 1 de setembro de 2007

São Paulo x Paraná Clube

Na tarde deste sábado, às 18h10, o líder São Paulo receberá, em casa, o Paraná Clube, que busca, após período de desencontro, a recuperação no campeonato brasileiro.

O time de Curitiba já estava praticamente definido para a partida mas, no treino regenerativo desta sexta-feira, Leo Matos e Paulo Rodrigues, os dois alas da equipe, acusaram lesões e foram vetados pelo Departamento Médico, dando seus lugares para Alex, pelo lado direito, e Elvis, recém contrato, que fará sua estréia, pela esquerda.

Alex foi utilizado no início da temporada por Zetti, tanto na ala como na meia-cancha, mas no campeonato brasileiro não conseguiu repetir as boas atuações de outrora, tendo por isso, perdido a condição de titular na equipe.

Além desses desfalques, o time de Lori Sandri ainda não poderá contar com Nem, seu "homem de sobra" e Luiz Henrique, o zagueiro canhoto, que seguem afastados pelo DM. Para seus lugares, respectivamente, Neguette e Toninho poderão compor a zaga ao lado de Daniel Marques ou, caso Sandri opte pelo esquema 4-4-2 (que dá mais ofensividade à equipe), Toninho (que não vem convencendo a torcida), poderá ser sacado para a entrada de um meia.

Aliás, nesse setor, o capitão Beto deverá ter a companhia de Adriano (que recorrentemente segue fazendo faltas em todo combate) e do garoto Éverton, atual responsável pela transição entre o ataque e a defesa), embora Batista, que recentemente retornou à equipe possa ser uma alternativa mais eficaz, caso Sandri opte, como dissemos, pelo 4-4-2.

Na frente Vandinho deverá fazer dupla com Josiel, o atual artilheiro do Brasileirão, que voltou a fazer as pazes com as redes adversárias e é a grande aposta ofensiva paranista, ficando Vina Pacheco como opção para a segunda etapa.

O time de Lori Sandri tem se caracterizado pelo apoio constante e efetivo dos alas, o que não ocorria no "período Kleina", fase na qual o tricolor passou sete partidas sem marcar. Com essa nova concepção de jogo, Josie fez três gols nos últimos dois jogos e assim, com novo ímpeto ofensivo e a movimentação dos alas e de Vandinho, o tricolor paranaense buscará superar a zaga paulistana, até por ser um "motivo de honra" visto que, na partida válida pelo primeiro turno, Leonardo Gaciba sacou a vitória paranista e deu ao São Paulo os três pontos (que seriam importantíssimos ao Paraná Clube), após ter marcado penalidade inexistente contra o time paranaense e ter anulado gol legítimo de Luís Henrique.


Do lado do atual campeão brasileiro seu sistema defensivo deve ser ressaltado. Para muitos Muricy nada mais é do que um bom preparador físico e, esse quesito vem sendo um diferencial para o time da Capital Paulista. A "correria" na marcação aliada à bela noção de "coberturas" faz com que o time do São Paulo não sinta a falta de alguns jogadores que deixaram a agremiação no decorrer do ano. Liderados pelo experiente Rogério Ceni, que não sofre gol há 628 minutos (seis jogos), o tricolor paulista buscará minar a resistência paranista e assim seguir seu caminho para o bi-campeonato.

O hoje líder São Paulo nem de perto lembra aquele do início do campeonato. Aliás, teve o mesmo seu primeiro triunfo no certame exatamente frente os paranistas em discutível atuação de Gaciba. Atualmente com 47 pontos, oito a mais que o segundo colocado, o São Paulo demonstra ter no seu elenco e na disposição defensiva os "pontos-chave" para obter os resultados.

Para o jogo em tela Alex Silva está suspenso, sendo André Dias o titular. No ataque Aloísio e Borges disputam vaga para saber quem irá compor, com Dagoberto, a dupla encarregada de tentar marcar gols sobre Flávio.

Será essa uma partida franca entre uma equipe que busca manter a toada rumo ao título e outra que pretende retornar ao G-4, tendo passado por momentos difíceis sob o comando de Gilson Kleina. Apesar de todo o favoritismo são-paulino, não seria nada surpreendente se o Paraná Clube venha a aprontar, como de costume, uma surpresa.


Ficha do jogo e provável escalação:

Local:
Estádio Morumbi, em São Paulo-SP.
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO).
Auxiliares: Aristeu Leonardo Tavares (RJ) e Guilherme Dias Camilo (MG).

São Paulo: Rogério Ceni, André Dias, Breno e Miranda; Souza, Hernanes, Richarlyson, Leandro e Jorge Wagner; Dagoberto e Aloísio (Borges). Técnico: Muricy Ramalho.

Paraná: Flávio, Neguete, Toninho e Daniel Marques; Alex, Beto, Adriano, Éverton e Elvis; Vandinho e Josiel. Técnico: Lori Sandri.