sábado, 9 de junho de 2007

SÃO PAULO x ATLÉTICO-MG

Com o objetivo de vencer para embalar no Campeonato Brasileiro, o Atlético enfrenta o São Paulo neste domingo (10), pela 5ª rodada. A partida contra o atual campeão será disputada às 18h10, no Morumbi. Em 12º lugar, com cinco pontos, o GALO pode ganhar até oito posições em caso de vitória na capital paulista. O técnico Zetti deverá manter a mesma formação do empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, no último final de semana.
A preparação para o confronto foi encerrada com treinamento realizado na manhã deste sábado (9), na Cidade do Galo. O goleiro Diego, gripado, e o capitão Marcos, com dores no tornozelo esquerdo, foram poupados da atividade, mas não representam problema para domingo. Recuperado de lesão no ombro direito, o meia-atacante Danilo treinou normalmente e deverá participar do jogo.
Para o meia Marcinho, chegou o momento de conquistar a primeira vitória fora de casa e iniciar uma arrancar na competição. Segundo ele, um triunfo sobre o tricolor paulista daria mais confiança ao grupo para a seqüência do Brasileiro."O Atlético precisa voltar a vencer no campeonato, independente de jogar fora de casa e contra um grande adversário. Estamos chegando ao momento em que as pessoas vão duvidar do potencial da nossa equipe e temos que começar a vencer para dar tranqüilidade à equipe e ao torcedor", afirmou o craque atleticano.
O São Paulo está em 6º lugar, com sete pontos. Na última rodada, venceu o Paraná por 1 a 0, em Curitiba. O técnico Muricy Ramalho terá os desfalques do atacante Aloísio, suspenso, além do volante Frédson e do zagueiro Miranda, contundidos.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO X ATLÉTICO
Motivo: 5ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 10/06/2007
Local: Estádio Morumbi - São Paulo (SP)
Hora: 18:10
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF)
Auxiliares: César Augusto de Oliveira Vaz (DF) e Nilson Alves Carrijo (DF)
Transmissão: Sportv (menos para São Paulo) e Pay-Per-View

São Paulo: Rogério Ceni; Alex Silva, Edcarlos e André Dias; Ilsinho, Josué, Souza, Leandro e Jorge Wagner; Dagoberto e Marcel. Técnico: Muricy Ramalho.

Atlético: Diego; Coelho, Marcos, Lima e Thiago Feltri; Rafael Miranda, Bilu, Marcinho e Danilo; Éder Luis e Galvão. Técnico: Zetti.

fonte: Assessoria de Imprensa do CLUBE ATLÉTICO MINEIRO.

Ainda que ambos não estejam aproveitando ao máximo seu potencial neste Brasileirão, acho que GALO e São Paulo farão um bom jogo amanhã, pela tradição do confronto. Os jogadores do GALO, por sinal, já estão ressaltando que, além da importância dos pontos em disputa, o jogo de amanhã terá transmissão para todo o Brasil, e essa exposição da mídia é positiva para eles. O exemplo veio de Diego, que arrebentou contra o Corinthians e chegou a ser cogitado por Dunga para disputar a Copa América.
Já que Danilinho, Éder Luís e Galvão estão devendo bom futebol desde o massacre contra o Cruzeiro, no primeiro jogo das finais do campeonato mineiro (aliás, Galvão está em dívida, na verdade, desde o ano passado), amanhã então será um ótimo momento para eles se encontrarem dentro de campo. Aqui em Minas Gerais, todo mundo - torcida e imprensa - tem comentado que esse trio está se arrastando nos últimos jogos, e essa unanimidade não é burra. Não sei quanto ao Zetti, mas pra muita gente o jogo contra o São Paulo é a última chance dos três.
Pra não deixar de enviar minha energia positiva para o time, no bolão vou apostar mais uma vez numa vitória do GALO: 2 a 1.

Um jogo como os de antigamente



(Fonte da foto: www.globo.com)

Noventa minutos emocionantes. Assim entrou para a história o belo confronto entre o Náutico e o Paraná Clube em partida válida pela quinta rodada do campeonato nacional. Assim como nas outras duas vezes que se enfrentaram, o "duelo" também acabou em igualdade; no entanto esta, com placar de "4 a 4", foi a melhor partida entre os times.

O Paraná Clube entra em campo avassalador. A opção de Pintado em escalar três atacantes surpreendeu e deixou sem reação todo o sistema defensivo do Náutico. Em menos de vinte minutos o time paranaense já tinha marcado três gols, o primeiro em belo chute de fora da área de Neguette, aos 10´; o segundo ocorreu após excelente contra-ataque onde, aos 12´, Josiel, dentro da área, demonstra outros predicados e passa precisamente para a finalização de Vandinho e o terceiro, aos 16´, em jogada lateral finalizada de cabeça pelo artilheiro Josiel.

O Náutico, entregue, passou a ser vaiado e abaixou a cabeça esperando o golpe fatal. O Paraná Clube jogava com qualidade explorando a falha do adversário, atuando com o sentimento adquirido na Copa Libertadores, até que, ao ver o desinteresse do oponente, o tricolor abdicou do confronto e permitiu que Marcel, num rebote dentro da área aos 28´da etapa inicial, marcasse.

O gol devolteu parte da vontade dos mandantes que seguiram, ainda timidamente, buscando fortuitamente, outro tento. Nem a saída de Marcel, contundido, para o ingresso de Marcelinho, abalou o grupo e assim, nessas condições, os jogadores paranistas seguiram levando pressão.

O jogo mudou! Carregado pela torcida, o mandante, que apenas tinha sido derrotado em casa uma vez no ano, "saiu" em busca do que seria o empate.

Algo da tolerância paranista se deu em parte porque, no sistema adotado por Pintado (com três pontas-de-lança), a transição central (e consequentemente a cobertura na "volta") são comprometidas e o contra-ataque (arma utilizada o jogo inteiro pelo tricolor) favorecido. O "hiato" na meia cancha no entanto, não deveria ser um problema desde que os jogadores auxiliassem nas respectivas coberturas. Nessa hora, o Paraná era vitimado pela carência na responsabilidade da criação das jogadas, já que o contra-ataque não mais era surpresa e o oponente pressionava. O sentimento de "jogo ganho" deu lugar à preocupação em manter o resultado diante de um time limitado mas que foi em busca do resultado. Sofrendo certa pressão, otricolor segurou o empate até o final da primeira etapa.

Findo o intervalo o Náutico seguia atacando desordenadamente, demonstrando a flagrante falta de fundamentos por alguns atletas, até que permitiram, quase que passivamente, que o Náutico, aos 2´ da etapa final, fizesse o segundo tento com Felipe. Pintado então, entendeu finalmente que deveria agir e colocou Éwerton no lugar de Vina Pacheco; a substituição fez com que o visitante encontrasse o equilíbrio e passasse a comandar o jogo novamente.

Sobralense, que entrou no lugar de Wágner Rosa, decide ser um belo anfitrião e entrega a bola para Josiel que, em avanço rápido pela esquerda, aos 13´ da etapa complementar, marcou seu sétimo gol em cinco jogos.

Novamente vaias são ouvidas e o Náutico cai de produção sem o apoio de sua torcida. Com o garoto Éwerton em campo, o tricolor sobra e, após o quarto gol, comandou o jogo com autoridade por aproximadamente vinte minutos, não tendo relaxado como na primeira etapa. Os alvi-rubros viam um time atuando como líder (que era naquela oportunidade) utilizando-se de um esquema tático equilibrado distintamente da escalação inicial, que previa apenas uma "forma de jogo".

O Paraná ia administrando o placar até que Daniel Marques (uma considerável liderança no elenco mas que recentemente não vem tendo nenhum compromisso tático) inexplicavelmente intercepta com o braço uma bola alçada na área, decidindo fazer que um jogo "nas mãos" do seu time passasse a ser uma "batalha dos aflitos" para ambas agremiações.

Pênalti marcado, convertido por Acosta aos 36´. Após esse gol, o estádio veio abaixo e mais uma vez, o mandante saiu para buscar o jogo apoiado pela torcida. O Paraná, surpreso com a reação inesperada por um time que tinha aceito seu melhor jogo, viu o mesmo Acosta, após bela jogada aos 39´, empatar o confronto.

Com Lima já no lugar de Vandinho, o tricolor após o sufoco, protagonizou com o Náutico um duelo franco, onde a vontade alvi-rubra era o diferencial. O jogo manteve-se parelho e aguerrido mesmo após a expulsão de Acosta, tendo sido o empate, garantido pela entrada mais um zagueiro (João Paulo no lugar de Josiel), tendo o Paraná, que buscou a vitória desde o início, assumido o empate como "meta".

Algumas considerações devem ser feitas: O Náutico não pode apenas contar com seu estádio e torcida, precisando de reforços e melhor padrão tático e o Paraná, um time com experiência de Libertadores não pode permitir que seus atletas tenham "surtos de desinteresse".

Gusmão deve agradecer o resultado ao acaso. O Paraná ganhou e devolveu o jogo ao Náutico... muito mais pelo desinteresse de alguns jogadores do que por questões diretamente decorrentes de opções táticas.

Pintado pode ser questionado por não ter "equilibrado" o time já no início do jogo, quando o resultado lhe era favorável; pode até ser criticado pela retirada de Josiel para o ingresso de mais um zagueiro, mas não lhe pode ser apresentada a conta do "crime" cometido por Daniel Marques, que botou, deliberadamente a mão numa bola alçada na área, nem na apatia de meia-cancha e avantes na marcação, nas "voltas", nas "coberturas".

O Paraná sucumbiu a si mesmo. Pintado, em entrevista ao final do jogo, disse que o empate teve sabor de derrota. Pura verdade. por seus lapsos, o tricolor, que não soube aproveitar as condições favoráveis dadas pelo Náutico, volta com um empate para Curitiba, deixando escapar a liderança, caindo para o terceiro lugar na classificação.

Que fiquem as lições:

1 - O esquema tático deve ser adequado à proposta e às situações do jogo. Para isso, os atletas devem estar preparados para desempenhar as funções solicitadas com o devido comprometimento com as orientações da comissão. A escalação de Pintado era eficaz no início no jogo, tendo surpreendido o próprio oponente. Quando o jogo "mudou", tal opção tornou-se lesiva podendo ter sido resolvida, como foi (embora tardiamente), com a entrada de Éwerton que, em campo, no lugar de um dos três atacantes, deu mais equilíbrio ao padrão tático tricolor.

2 - Jogadores experientes, importantes para o elenco sobre o qual exercem alguma liderança não podem perder o interesse pelo jogo, e logo, não podem cometer falhas bisonhas.

3 - Os atacantes e os meias ofensivos do tricolor estão atuando bem mas carecem de um sistema defensivo mais sólido, seguro, confiável. Um time com pretensões sérias no brasileirão não pode sofrer quatro gols num jogo nem ceder o empate estando em ampla vantagem e com o domínio da partida, ainda mais fora de casa. O ato impensado de Daniel Marques foi o estopim para que o mandante voltasse a "entrar" no jogo.

4 - O Náutico precisa de reforços e não de jogadores do mesmo nível. Mesmo com as transações em andamento, o time necessita de atletas prontos, e que dominem, ao menos, os fundamentos inerentes às suas funções.

Num campeonato de pontos corridos o empate sempre é ruim; no entanto, pelo que ocorreu nesse, certamente, outra "batalha dos aflitos", o Náutico sai com o empate após estar perdendo por 3 a 0 e depois por 4 a 2, sentido, ao final, o gosto da vitória que escapou das mãos paranistas.

Abre jogo - Náutico x Paraná




Náutico e Paraná Clube entram em campo logo mais, às 18h10 nos "Aflitos", para a disputa de jogo válido pela quinta rodada do nacional. Historicamente, esses times se enfrentaram por duas oportunidades em 1994, quando empataram em 1 x 1 em Curitiba e sem gols no Recife. O confronto em tela, hoje, coloca frente-a-frente equipes que vivem "momentos" diferentes.

O Mandante, ainda preocupado em montar um time que lhe permita seguir na divisão de elite nacional, teve uma semana conturbada. O Náutico, ainda em formação, vem publicamente tentando a contratação de alguns jogadores e "administrando" a saída de outros. Como novidades, o questionado Paulo César Gusmão deverá escalar o ídolo veterano Kuki (que apenas neste ano fez seu primeiro jogo pela série "A" nacional) no lugar de Fábio Saci e o goleiro Fabinho no lugar de Gléguer que, indignado com a "preferência" do treinador, não escondeu sua revolta, tendo gerado certa apreensão em todo o elenco. O "Timbú" terá ainda, para felicidade da sua torcida, o regresso de um ex-paranista, o meia Marcel, dúvida para o jogo.

Pelo lado do tricolor paranaense o ambiente só não é mais agradável face a revolta ainda latente, pela desastrosa arbitragem de "Gaciga & Cia. Ltda." (que deu pênalti inexistente para o São Paulo e anulou gol legítimo paranista, influenciando diretamente no resultado); aliás, cabe a lembrança de que na última quarta-feira o time de Curitiba ingressou junto ao STJD com um pedido de impugnação da partida contra o São Paulo.
Mesmo que esse ato não tenha um deslinde satisfatório, ao menos demonstra a revolta da entidade paranista com a má qualidade das arbitragens, recorrentemente prejudiciais aos times de "fora do eixo RJ-SP". Talvez visando aplacar a ira dos paranaenses a "escala" indicou para o confronto em tela o "trio" potiguar que apitou o jogo entre Cruzeiro e Paraná.

Dentro de campo o Paraná seguiu tranquilo para o Nordeste na "missão" de seguir com 100% de aproveitamento nos jogos "fora de casa". O técnico Pintado pouco teve que pensar para definir qual a provável escalação de seu time que deve contar com Marcos Leandro (no lugar de Flávio, ainda em recuperação); Daniel Marques, Neguette (no lugar de Toninho, expulso frente ao Cruzeiro e ainda cumprindo suspensão) e Luís Henrique; Parral (que embora seja o quarto reserva da ala paranista não vem comprometendo), Beto, Adriano e Márcio Careca; Vina Pacheco, Vandinho e o artilheiro Josiel.

Joélson, que voltou a ser questionado (principalmente por estar relapso no combate e na cobertura) deixa o time em razão de estar lesionado com "bolhas" nos pés, o que gera um "efeito" interessante na provável escalação de Luiz Carlos Preto, o Pintado. O Comandante paranista defende (corretamente) a tese que o time tem que buscar os três pontos em todos os jogos, independentemente do mando, fato demonstrado pela adoção de um "quase-3-4-3" o qual, aumenta o poder de finalização do tricolor (que carece de um "homem de área") mas que, no entanto, pode comprometer a qualidade na "transição" do ataque para a defesa. Vandinho e Vina Pacheco atuam mais como "pontas-de-lanças". (Entendo, particularmente que o "equilíbrio nos setores" ocorreria com o ingresso de Éwerton no lugar de Pacheco.)

Apesar da má-qualidade do gramado dos Aflitos, certo é que teremos um embate franco entre um time que busca voltar ser "grande" e outro que pretende se manter como tal. Em campeonato de pontos corridos, onde apenas a vitória interessa, para o Náutico, a mesma importará na obtenção de pontos importantíssimos para a meta deste ano, já para o vice-líder, a retomada da liderança é o objetivo.