domingo, 6 de maio de 2007

Roger - Dispensado pelo Corinthians

Opinião
Um amigo meu português, Antero Bleeder, torcedor do Benfica, certa vez me disse... "O Roger fazia coisas que nos davam a certeza que ele era craque, mas parecia que nunca estava afim de jogar sério".

Essa sempre foi a impressão que Roger deixou. O rapaz cheio de vontade que tirou o Fluminense da Terceira Divisão em 1999 parece ter perdido o gás ali. Não dá para saber por que - talvez tenha se tornado muito auto-suficiente, certo de que era craque. Mas Roger se acomodou ao longo de sua carreira, e nunca parou para pensar que não fez uma carreira brilhante - coisa que poderia ter feito sem grandes dificuldades.

Roger tem características de um jogador clássico. É veloz, tem grande habilidade na perna esquerda, chuta bem a gol, faz belos passes e cruzamentos, cobra bem faltas e escanteios... quantos fundamentos num mesmo jogador. No entanto, não faz questão de se esforçar para que esses fundamentos valham à pena. Parece achar tudo muito fácil para si, e aí se acomoda.

Quando o Corinthians venceu por 3x0 o São Caetano no Campeonato Brasileiro de 2006 e Roger marcou um gol de voleio, comentei com um outro amigo, Alexandre Fanático, que quem joga futebol sabe que não é fácil pegar com tanta perfeição um voleio daqueles. Mas o Roger não se animava com tal feito. Era como se o gol fosse um detalhe que ele podia marcar a qualquer hora.

Assim, em toda sua carreira, Roger fora supervalorizado e só tem de título grande o controverso Brasileirão 2005 com o Corinthians. É bonitão, namorou Adriane Galisteu, namora Déborah Secco. Mas dar o sangue em campo que é bom, só vi Roger fazer duas vezes. Em 99 quando estava começando a carreira em em 2006, por estar na reserva de Ricardinho no Corinthians.

O que é uma pena. Roger poderia ter feito sucesso no Benfica, poderia jogar num time europeu de maior expressão. Poderia vestir a camisa do Arsenal ou Chelsea, ou Valencia, ou Internazionale ou qualquer time alemão - equipes que carecem de um bom meia-esquerda. E aqui vai um exemplo de tudo que Roger poderia ter sido e não foi: Lincoln, ídolo no Schalke 04 por sua eficiência em campo.

Roger preferiu seguir o caminho de Petkovic e se acomodar. E um outro vai pelo mesmo caminho: Carlos Alberto.

Hoje sai a notícia que Paulo César Carpeggiani dispensou Roger no Corinthians. Falam que vai para o Fluminense. Renato Gaúcho nega.

Fosse jogador mais esforçado, Roger poderia ir para onde quisesse. Ele nem precisaria ser dispensado no Corinthians. Viria um clube europeu pagar multa recisória para tirá-lo.

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