segunda-feira, 16 de julho de 2007

Paraná 1 x 2 Figueirense

Considerações iniciais

O confronto de quinta-feira passada, válido pela décima primeira rodada do Brasileirão, não saiu de acordo com as pretensões paranistas que, nos quatro jogos em casa pretendia manter seu belo aproveitamento. A derrota por 2 a 1 frente o Figueirense (considerado o empate com o Fluminense no jogo disputado em Volta Redonda) fez com seu aproveitamento caísse para parcos 48%, o que compromete a estabilidade de Luiz Carlos Preto, o Pintado, no comando do tricolor paranaense, sendo sido essa a terceira derrota do Paraná em seus domínios.

Realmente, tal resultado estressou os paranistas, afinal, o time ainda não perdeu atuando longe de Curitiba. A situação é assaz preocupante uma vez que dos últimos oito jogos que disputou no campeonato, o tricolor venceu apenas um, contra o Sport, ocupando agora apenas o oitavo lugar.

O jogo

O Paraná iniciou impetuosamente e chegou a dar a impressão de que voltaria a apresentar o bom futebol das rodadas iniciais. Parral e Vinícius Pacheco faziam, no início da primeira etapa, belas jogadas pela direita, prejudicadas pelo mau início de Vandinho e Márcio Careca que não ajudavam um solitário Josiel.

No entanto, o Figueirense, com seu único atacante (Otacílio Neto), levou perigo palpável antes do tricolor, demonstrando que Mário Sérgio “38” Pontes de Paiva armara seu time no contra-ataque, aproveitando-se do imaginado ímpeto paranista.

Essa foi a tônica não apenas da primeira etapa mas de toda partida; o mandante buscava seu gol precipitando jogadas enquanto os visitantes seguiam atentos à tática traçada por seu comandante e, dessa forma, abriram o placar aos 21´ quando, ajudado pela inexistência de marcação na meia cancha o volante Henrique chutou de fora da área tendo Flávio sofrido mais um gol questionável, o que enfureceu a torcida paranista.

Placar aberto, o Paraná assumiu postura ainda mais ofensiva e viu, aos 23´ o visitante ampliar com o zagueiro Felipe Santana.

Pintado, demonstrando personalidade, decidiu promover a alteração na forma de jogo e retirou João Paulo, o zagueiro direito, e colocou o armador Everton, ficando seu time mais agressivo, porém vulnerável,

Como efeitos diretos da alteração o tricolor foi mais à frente, perdeu inúmeros gols e “tomou sufoco”, fato não corrigido no intervalo, passando a ser essa a tônica do jogo.

Veio a segunda etapa e o tricolor seguiu buscando de forma estéril o resultado favorável, concedendo espaços à bem postada equipe catarinense. Após muitos gols perdidos e outros sustos, o artilheiro do Brasileirão, Josiel, aos 21`, após interessante jogada diminuiu.

A redução da diferença no placar deu outro ânimo à equipe mandante que precisa voltar a apresentar um bom futebol diante de sua torcida, e assim, os paranaenses seguiram perdendo gols, atacando sem nenhuma coordenação e zelo tático.

Pouco após, a torcida reclamou da não marcação de penalidade em Everton. Sobre o tema me manifesto; estava em campo a menos de dez metros do lance e a impressão dói de jogada normal.

Assim, o tricolor paranaense perdeu para o Figueirense em jogo que jogou melhor mas onde não soube transformar no placar a superioridade ofensiva, sendo, mais uma vez, vitimado pela má proteção dos volantes à zaga.

Ao final da partida torcedores da “turma do amendoim” fizeram coro questionando as atuações de Flávio e Pintado.



Ficha técnica

PARANÁ: Flávio; João Paulo (Everton), Neguette e Luís Henrique; Parral (Alex), Goiano, Beto, Vandinho (Joélson) e Márcio Careca; Vinícius Pacheco e Josiel. Técnico: Pintado.

FIGUEIRENSE: Wilson; Felipe Santana, Vinicius e Rafael Lima; Diogo, Carlinhos, Henrique, Cleiton Xavier, Fernandes (Anderson Luiz) e André Santos; Otacílio Neto (Jean Carlos). Técnico: Mário Sérgio Pontes de Paiva.

Local: estádio Vila Capanema, em Curitiba (PR)
Árbitro: João Alberto Gomes Duarte (RN)
Auxiliares: Luis Carlos Câmara Bezerra e Eduardo Lincoln Neves (RN)
Cartões amarelos: Diogo (F), Beto (P), Henrique (F), Wilson (F), Cleiton Xavier (F) e Vinícius Pacheco (P)
Gols: Henrique, aos (21` 1ºT), Felipe Santana (23´ 1ºT) e Josiel (21` 2ºT).



Notícias Paranistas

Luiz Carlos Preto, o Pintado, foi assediado novamente pelo Emirates Sports Club, da cidade de Ras Al Khimah, nos Emirados Áraber Unidos. O comandante paranista, que nada comunicou à diretoria no final de semana, provavelmente reunir-se-á nesta segunda com José Carlos de Miranda, o presidente do Clube paranaense para, provavelmente, acertar a sua saída.

A torcida paranista soube da proposta quando o procurador de Pintado deixou “vazar” em alguns sites seu possível desligamento e, como não vinha concordando com a permanência do treinador, que, em nove partidas conquistou três vitórias, quatro empates e duas derrotas, fez de um time com 100%, amargar parcos 48%.


Paraná x Flamengo

O próximo compromisso paranista pelo Brasileirão ocorrerá contra um de seus maiores fregueses, o Flamengo, na próxima quinta-feira, às 20h30, em partida que será disputada no Parque do Sabiá, em Uberlândia, estado de Minas Gerais.

Para o jogo em tela o tricolor ainda não saberá como entrará em campo nem quem será seu treinador. Do outro lado, Ney Franco não sabe qual será sua formação, afinal, o lateral-direito Leo Moura, com um problema na coxa direita, poderá estar à disposição na segunda-feira e tanto Renato Augusto como Souza, são dúvidas assim como Obina.

Apesar do retrospecto favorável ao Paraná, os três últimos resultados entre essas equipes acabaram em vitória dos cariocas pelo placar mínimo.

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