segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Paraná Clube 3 x 1 Juventude

(Fonte da Imagem: www.uol.com.br)

O Paraná Clube, time que disputou a Libertadores neste ano, que chegou a liderar o campeonato nacional, que inclusive, chegou a ter o melhor ataque do Brasileirão, "tirou a zica" neste final de semana após vencer o Juventude na Vila Capanema pelo placar de 3 a 1, no retorno do técnico Lori Sandri.

Sem vencer desde a estréia do treinador anterior, na longínqua partida contra o Palmeiras, o tricolor voltou a fazer as pazes com as redes adversárias (afinal, não marcava um gol há cinco partidas, o último tinha sido na derrorta frente o Galo mineiro) e com a vitória; aliás, até Josiel, que não marcava desde a vitória sobre o Flamengo, voltou a marcar, retornando à artilharia isolada, com treze gols. Assim, o tricolor do Paraná foi aos 27 pontos, afastou-se um pouco da zona de rebaixamento, sobe para a 12ª posição e volta a sonhar com uma vaga em copa continental para o próximo ano.

Realmente, o tricolor sem Kleina (que fez a proeza de igualar o aproveitamento de sua anterior passagem pelo clube, com 20,8% dos pontos aproveitados), foi um time diferente, ofensivo, que buscava o gol adversário. como consequência, veio a citória sobre o Juventude. Não que o time de Caxias seja parâmetro para algo, muito pelo contrário, aliás, o alvi-verde gaúcho não conjuga o verbo vencer há nove rodadas, estando apenas à frente do lanterna do certame, o América de Natal (RN). Com 17 pontos a agremiação de Caxias do Sul encaminha-se abraçado com o América para a segundona em 2008.

Antes da partida havia uma identidade entre as equipes, ambos treinadores apresentavam-se no Brasileirão, estando as equipes, sem vencer há um bom período.


A partida

Antes de qualquer coisa o tricolor, apoiado por sua torcida que aproveitou bem a "promoção da Nestlè", precisava da vitória mais do que qualquer coisa, no entanto, de forma distinta de outros jogos, apresentou-se organizada e coerentemente, liberando os alas e coordenando de forma adequada a transição do ataque para a defesa.

O ímpeto paranista ficou latente desde o início, afinal, antes mesmo de abrir o placar aos quatro minutos da etapa inicial (em gol do capitão Beto, após jogada de escanteio pela direita do ataque), já tinha apresentado suas credenciais à meta do bom goleiro juventino.

Aberto o placar, o mandante não recuou e, após perder algumas claras oportunidades, quase sempre em jogadas articuladas pelo bom Éverton, aos 17 minutos, o mesmo cruzou da direita, tendo a bola resvalado em Wescley e entrado; 2 a 0 para os paranaenses.

Após o segundo gol o Paraná seguiu desperdiçando oportunidades, tendo-se acomodado com a apatia dos visitantes que, ofensivamente estéril, pouco fazia, até que aos trinta minutos, após avanço e consequente cruzamento de Marabá pela esquerda, Daniel Marques mais uma vez, abre o braço na área. Pênalti marcado por Gutemberg, batido por Wescley, o mesmo que tinha marcado contra (gol anotado para Éverton que tinha cruzado), quase defendido por Flávio. 2 a 1.

O gol dos visitantes comprometeu a confiança paranista que, por algum tempo limitou-se a defender, voltando a cometer os erros de outrora, dando o campo ao adversário.

Após o intervalo, Josiel aos dois minutos em bela tabela com Vandinho, fez as pazes com o gol e seu décimo terceiro tento, voltando à artilharia isolada do certame.

O Juventude, que no intervalo colocou Renato no lugar de Marcelo Costa, sentiu o golpe, talvez pela "fase" recente da equipe. Após o terceiro gol, o Paraná Clube voltou a desperdiçar oportunidades ofensivas e só não impôs um placar mais elástico pela boa atuação de Michel Alves e pela falta de pontaria de seus avantes.

Do lado tricolor, o zagueiro Toninho (em questionável atuação), substituiu Nem, lesionado. Vinícius Pacheco ingressou por Vandinho (que voltou a atuar mais à frente) e Batista, reestreou no time, agora como meia e não mais como terceiro volante; aliás, Batista sentiu-se muitíssimo à vontade na nova função dando uma qualidade à transição tricolor que não se via há tempos.

Fim da partida ficou a impressão de que o tricolor paranaense tem muito a melhorar mas Sandri começa seu trabalho de forma correta, buscando o gol adversário, o resultado e colocando os jogadores para executar suas devidas funções; prova de que futebol não é local para "experimentos" mas sim de coerência.

Pela próxima rodada o Paraná Clube receberá o vice-líder Cruzeiro enquanto o Juventude receberá o Goiás.


Ficha da partida:

Paraná:
Flávio; Daniel Marques, Nem (Toninho) e Neguette; Léo Mattos, Beto, Adriano, Ewerton (Batista) e Paulo Rodrigues; Josiel e Vandinho (Vinicius Pacheco). Técnico: Lori Sandri.

Juventude: Michel Alves; Marcelo Costa (Renato), Wescley, Régis e Michel; Marcão, Vanzini, Marabá (Barão), Fábio Baiano; Tadeu (Bruno) e Luciano. Técnico: Beto Almeida.

Local: Estádio Durival de Brito, em Curitiba.
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ).
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Ediney Mascarenhas (RJ).
Cartões amarelos: Daniel Marques e Léo Mattos (Paraná); Wescley, Régis e Fábio Baiano (Juventude).
Gols: Beto (aos 4min), Ewerton (aos 17min) e Wescley (aos 30min do 1º tempo); Josiel (aos 2min do 2º tempo).

Nenhum comentário: