Diferenças que aproximam
Náutico e Atlético-MG não têm nada em comum.
Afinal, observando apenas pelo lado das conquistas, pode-se dizer que, enquanto um já foi campeão brasileiro (em 71 da 1ª e em 2006, da 2ª divisões) e disputou ferrenhas decisões nacionais (em 77 e 80, por exemplo), o outro é um clube do nordeste, que busca honrar sua tradicional camisa centenária e que, desde 1994 não participa da seria A.
O Galo costuma revelar craques diretamente para seleção brasileira, como Reinaldo, Cerezzo, Paulo Isidoro, Eder, Luisinho e pertence a região mais influente do futebol nacional – a sudeste. Enquanto isto, o Timbu, sem recursos financeiros que possam alçá-lo a condição de grande além das fronteiras do nordeste (onde é um gigante), tem seus talentos revelados por clubes do sul do País – como é o caso de Marinho, que foi para seleção, quando vestiu a camisa alvinegra, do Botafogo.
Por esta ótica, Náutico e Atlético-MG não têm nada em comum.
Mas não é bem assim. E não é apenas nas camisas, em listras verticais, bicolores, que essas equipes se aproximam. Afinal, o destino uniu essas duas agremiações, em algumas ocasiões, do centenário Náutico (106 anos) e do quase centenário Atlético (99).
É num jogo, entre Náutico x Atlético-MG, nos Aflitos, que está registrado um recorde histórico: o gol mais rápido nas histórias da maior competição nacional. Gol de Nivaldo, aos 8 segundos e vitória timbu, por 3 x 2.
Em 2006, ambos subiram para a primeira divisão. E, enquanto os mineiros venceram por 3 x 1, no mineirão, os pernambucanos devolveram a derrota, nos Aflitos, com 3 gols de Felipe. Disputando, gol a gol, a liderança do ataque mais positivo na serie B, perderam, na última rodada, o “título” para o Paulista (que se aproveitou do Payssandu).
Na história recente, ambos foram desclassificados da Copa do Brasil, por alvinegros. Ambos empataram em casa e perderam o jogo da volta, por diferença mínima. Mas, o mais incrível: Ambos foram prejudicados por decisões de interpretação da arbitragem (nos dois casos, do sul do País), nas respectivas desclassificações.
Enquanto Simon não deu o pênalti para o Galo (que poderia resultar no gol da classificação), Eber Lopes invalidou 4 gols do timbu, não expulsou um jogador adversário, após uma voadora no rosto de Felipe e, marcou um impedimento, num lance em que o atacante alvirrubro ficaria livre para marcar.
Se tivessem passado por seus adversários, naquela competição, o destino, mais uma vez, estaria pregando uma peça, pois, Atlético-MG e Náutico teriam 3 encontros seguidos. 2 na Copa do Brasil, pelas semifinais, e 1 na estréia do Campeonato Brasileiro.
Mas os Deuses do futebol acharam que seria demais. E ambos apenas se enfrentarão, este ano, na serie A. O primeiro jogo, de estréia, marcado para o Mineirão. O segundo, no returno, nos Aflitos. Assim como foi na serie B, em 2006.
O campeão mineiro de 2007 recebe o vice-campeão pernambucano, para mais um capítulo, na história dessas duas equipes. Tão diferentes, mas tão próximas em seus destinos.
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