sábado, 2 de junho de 2007

Abre jogo - Paraná Clube x São Paulo



Neste domingo às 18h10 da tarde o Brasil irá parar para ver o confronto entre dois tricolores. O São Paulo, teoricamente “dono” da melhor estrutura e elenco do futebol nacional irá a Curitiba para enfrentar o Paraná Clube, atual líder isolado do certame, com 100% de aproveitamento, dono do melhor ataque, do melhor saldo da competição, do Artilheiro Josiel (cinco gols) e ávido para seguir na bela toada rumo a mais uma bela campanha.

A semana teve certos contratempos para ambas equipes; em maior número para o tricolor paulista que teve que lidar com alguns fatos, uns novos, outros já rotineiros. De novidade o São Paulo não poderá contar com o zagueiro Alex Silva e o volante Josué, ambos à disposição de Dunga e da reiterada cobrança de dirigentes e torcedores para que Muricy, ora contestado, logre conseguir os resultados em campo que os são-paulinos entendem como obrigatórios.

Já há algum tempo existem rumores de que a direção e o técnico do São Paulo não falam a mesma língua, fato “acusado” pela postura nada simpática e até rude de Muricy nas últimas entrevistas. Sobre o tema existem boatos de que a agremiação paulistana teria “dois times”, um da diretoria e outro do comandante.

“Boataria’ ou não, o fato é que Muricy pretende “devolver” ao time alguns jogadores como Leandro e Souza, anteriormente sacados sob o pretexto de que não vinham rendendo a contento, ultimamente já “reformulada” tal fundamentação, rezando a nova “versão” de que teriam ambos sido “preservados”. Tal “desencontro” apenas reforça a instabilidade que paira no comando do tricolor paulista.

Com a provável escalação de Aloísio à frente, junto com Dagoberto, o ingresso de Frédson (ex-paranista) como primeiro volante e dos já citados Souza e Leandro, Richarlyson poderá ser novamente improvisado (de uma forma que não muito me agrada) como terceiro zagueiro, podendo Jorge Wagner vir a atuar pela ala esquerda.

Tudo o que foi aqui elencado apenas demonstra o atual “momento” são-paulino, cujo ambiente parece estar carregado de tensão, isso, quando o time visitante precisaria estar focado apenas no seu rival e até, na marca histórica de Rogério Ceni que fará seu 300º jogo em campeonatos brasileiros pelo São Paulo.

Do outro lado, Pintado teve uma semana mais tranqüila, tem apenas duas “baixas” para lidar e assim, montar o time. A primeira delas envolve o goleiro Flávio, referência do Paraná e jogador mais experiente do time, que deixará a meta por lesão na panturrilha, para a entrada de Marcos Leandro, o qual atuou algumas vezes este ano com o “time B” pelo paranaense enquanto os “titulares” disputavam a Libertadores.

Se por um lado a troca de um goleiro por outro é óbvia, por outro, o fato de Pintado ter que colocar um guarda-metas que há tempos não começa uma partida, pode, face à falta de “ritmo de jogo”, até fundamentar a opção tática do Paraná para o jogo. Com a expulsão de Toninho (que faz o “homem da sobra” no sistema de três zagueiros) frente o Cruzeiro, Pintado poderá colocar Neguete, o ex-titular, que atuava exatamente na mesma função ou então, aproveitar o bom rendimento de Everton e re-adotar o sistema 4-4-2 adotado pelo tricolor de Curitiba no início da temporada, deixando Daniel Marques e Luís Henrique como únicos defensores.

Particularmente entendo que um sistema com três zagueiros mantém a forma recente do Paraná jogar e, embora o torne mais defensivo, permite uma maior proteção a um goleiro sem ritmo de jogo.

A “chave” para o “enigma de Pintado” consistirá na condição de Adriano, volante recém contratado junto ao Bragantino e que apresentou não estar em sua melhor forma durante a semana tendo Xaves atuado em seu lugar nos coletivos.

Caso Adriano esteja em condições de jogo, o mesmo entrará e o Paraná poderá, em casa, partir com tudo para cima do visitante no 4-4-2, mesmo a coerência indicando que o tricolor paranaense deva começar no atual sistema e, dependendo do desenrolar da partida, adotar uma postura mais incisiva.

Cabe aqui a ressalva de que Pintado, quando precisou vencer foi coerente na busca da vitória, fazendo com que as substituições visassem a objetividade na busca do gol, do resultado positivo. O jogo no Mineirão serve sim como parâmetro da consciência do mandante em poder enfrentar qualquer agremiação em igualdade de condições e que a busca da vitória é a máxima a ser seguida por qualquer time que tem nobres pretensões para o certame.

O Paraná tem tudo para fazer valer seu melhor entrosamento e o embate de domingo às 16h10 na Vila Capanema promete ser um grande espetáculo, belíssimo programa para os amantes do futebol.


(Ao amigo que quiser acompanhar em áudio via internet o jogo entre Paraná e São Paulo, informo que, a partir das 18h00 de domingo estarei comentando o mesmo, com a narração de Jair Júnior, através do site www.radioparanaclube.com.br . Prestigie e envie seus comentários para davidformiga@bolaredonda.com)

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