8 às costas
O número 8 que carregava, em suas costas, era o mesmo que, outrora, foi vestido por um dos maiores ídolos da história do aristocrático clube, da Av. Conselheiro Rosa e Silva: Jorge Mendonça. Por isto mesmo, Alberto Acosta começa a trilhar o difícil caminho de ser ídolo, nos Aflitos.
Não é para qualquer um. Bita, Jorge Mendonça, Bizu e Kuki são alguns dos que conquistaram este lugar, na galeria timbu. Betito tem tudo para fazer história, no Náutico. Afinal de contas, é guerreiro e tem qualidade técnica.
Permaneceu em campo, contra o São Paulo, cerca de 20 minutos, sentindo a perna. Mas, mesmo assim, correu e esticou-se todo, para empurrar a bola, para dentro do gol, defendido por Rogério Ceni.
Quase sem conseguir ficar em pé, equilibrou-se em apenas uma das pernas, para tocar na bola, com a outra. Com Saci, ao lado, no ataque alvirrubro, buscou forças do fundo de sua alma uruguaia e, não lhe faltou perna, neste momento.
O caminho, depois do gol, foi mais doloroso do que já o era. E, como um guerreiro, permaneceu em pé, no campo de batalha. Só Acosta marcou gol, pelo Náutico, na primeira divisão, em 2007. 2 gols, em 2 jogos. Longe de ser um artilheiro, o gringo, no entanto, está perto de ser ídolo.
Especialmente, por ter sido dele, o gol da vitória, contra um time que jogou com Rogério Ceni, Alex Silva, Miranda, Alex Dias, Ilsinho, Josué, Hernandes (depois Souza), Jorge Wagner, Borges (Aloísio) e Dagoberto (Leandro), comandados por Muricy Ramalho. Simplesmente, o atual campeão brasileiro e tricampeão mundial São Paulo Futebol Clube.
Uma vitória que não teve gol mil, mas que, teve um gol carregado de muita garra. Garra uruguaia. Garra alvirrubra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário