BRASILEIRÃO COMEÇA COM VESTIBULAR DA BOLA PARA CORINTHIANS E PALMEIRAS
Palmeiras e Corinthians fizeram suas estréias na série de elite do Campeonato Brasileiro neste domingo contra Flamengo e Juventude, respectivamente. Não foram jogos comuns. Se constituíram em vestibulares informais para testar métodos de gestão formulados durante os dias em que as duas equipes estiveram paradas. Uma derrota e as torcidas já ficariam de cabelo em pé. Como não avançaram na Copa do Brasil e o Paulistão foi um fiasco, o jeito foi consertar um destino que parecia trágico no segundo semestre.
O Palmeiras melhorou. É dito e notório. Venceu o Flamengo por 4 a 2 no Maracanã e mostrou variação tática. Não tem um atacante de referência. Nesse contexto, o meia Valdivia flutuava pelos lados do campo enquanto que Edmundo era o municiador até para os chutes a gol de Osmar. Pierre e Martinez ficavam mais plantados e concediam liberdade aos laterais Wendell –que de vez em quando fechava no auxílio à defesa – e Leandro, atleta com êxito na tarefa de desafogar a zaga nos ataques cariocas . O alviverde fez dois a zero como quis. A famosa pane, no entanto, apareceu de supetão e o rubro-negro igualou o marcador. Aí Caio Junior fez a diferença. Colocou Florentin, atacante sem técnica, mas útil como referência na grande área. Os gols saíram naturalmente. Calmaria até o próximo final de semana.
No Morumbi, o Corinthians apresentou boas e más noticias aos seus torcedores. O lado negativo se refere ao nervosismo dos garotos. Têm dificuldades em trocar três ou quatro passes em seqüência e os zagueiros rifam a bola sem justificativa. O meio-campo está dependente da criatividade de William e também de suas arrancadas.
Só que o quadro não é formado apenas de trevas e escuridão. Pela primeira vez em meses, o Corinthians conta com um time. Não é brilhante, não dá espetáculo, mas corre, luta e está bem posicionado no gramado. Há detecção até de jogadas previamente ensaiadas e treinadas. Uma evolução abissal em relação ao período de Emerson Leão. Tal conjuntura até originou o gol de Finazzi. Que não é craque. Mas tem algo primordial para o crescimento do Corinthians na competição: eficiência.O resto é papo furado.
Nota 10 da rodada
O Botafogo não é fogo de palha. Venceu o Internacional com autoridade. Com alguns reservas no recheio. Pode sonhar com a vaga na Libertadores. Destaque ainda para a goleada do Furacão no Figueirense e as boas exibições de Sport e Paraná contra Santos e Grêmio...Pode parecer pouco. Não é. Afinal, os adversários jogaram com reservas. Mas paulistas e gaúchos almejam as semifinais da Copa Libertadores.
A conferir
O Atlético Mineiro come o pão que o dito cujo amassou e vence o Náutico no último minuto em pleno Mineirão. Prenúncio de sofrimento até dezembro? Ninguém merece..
Nota 0 da rodada
Só 5 mil corintianos no Morumbi. Outros 7 mil torcedores pagaram para ver Flamengo e Palmeiras. Uma decepção. Os críticos dos pontos corridos podem comemorar: o boicote detonado por eles e com colaboração decisiva da CBF funcionou. Vocês podem até ganhar. Mas o futebol sairá derrotado desse embate. E como!!!
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